O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




terça-feira, 30 de março de 2010

Às Três Senhoras


Três idades, três vidas, três histórias;

Uma casou-se, teve filhos, netos, os bisnetos aguarda agora;

Outra adoeceu, não se casou, nem teve filhos;

não terá netos nem bisnetos à sua volta.

E a terceira deu sua vida pela segunda;

tornou-se fiel cuidadora; um anjo que guarda!

Três momentos, três vidas, três sonhos.

E quem é que não sonha?

Uma casou-se; conheceu o lado bom e o outro do matrimônio.

A irmã, ao adoecer, viu perder-se de vista tal sonho.

A terceira viu passar pretendente, mas deu-se a caridade completamente.

Tuas belezas, minhas senhoras, não se acabam nunca!

Tuas carnes sim mudam, tua pele flácida abriga rugas:

Sei que neste verso não agrado a nenhuma,

Porém, não vim tornar a realidade menos dura,

Mas quem pode me censurar por lapidar a vaidade em pedra bruta?

Tu não tens vaidade?

Teus cabelos foram fartos, mas hoje são escassos;

Se foram louros como o ouro, ou negros como noite,

Em prata se tornaram, e como a prata purificada

Na fornalha do tempo, branquearam;

Branco puro, como hoje é tua alma repleta de saudades,

Do presente sente o gosto, mas no passado é que ficaram as delícias da vaidade:

Quem não tem vaidade?

Pois no “presente passado”, o que era gozo e regozijos,

Ao entardecer, revelou-se precioso e perecível;

No teu rosto entalhes, vincos, marcas, traços profundos e íntimos.

No olhar, bem no entorno, triste expressão mesmo num sorriso bondoso.

Sei que brigou com o tempo, que chorou quando o viu roubar-lhe a pele lisa,

Lutou quando ele lhe trocou as formas leves e sutis por outras.

Desesperou-se quando não se reconheceu numa manhã diante do espelho.

"Impiedoso tempo, mestre de frio ofício, maldito, maldito"; disse num desatino!

Mas não chore mais; a beleza não se fora, apenas mudara;

Acredite e não fique triste:

Tu és bela mesmo sendo dona de teus oitenta,

É musa dona de noventa;

Um século de vida não lhe torna menos fêmea.

Que importa que já tivera muito menos?

Teve e já não os tem, não é segredo que nada de fato nos pertença;

Mas saiba que és bela!

Não das paixões juvenis despertas,

Mas da vida humana.

Tens a beleza do tempo.

Ouça; o olhar do poeta esta dizendo...

"Aceite o novo que traz a velha aparência;

Beleza tua nunca acaba, beleza tua apenas mudara;

Cada tempo possui sua formosura; que cada hora, beleza única lhe traga"

E o tempo, como disse o poeta: o tempo não para.



Jefhcardoso




Diálogo Poético - Colaboradores: Jefhcardoso




Herois



hoje me tornei um cara especial
e sabe do que mais?
não vi ninguém
estarei vagando no espaço
quando você menos notar.
hoje a tarde foi tenebrosa
tive, com o cara
ele louco para levar almas
eu só querendo tocar minha guitarra
hoje foi um dia nada casual
oh ,se foi, o dia especial
isso não é mais como o Brazil
as coisas não significam mais nada
a não ser que você seja
UM CEZAR...
hoje foi um dia
hoje foi um dia nada especial;
desde que a sua alma esteja no lugar
isso não é um milagre
não quero ser heroi de ninguém
quero morar na América
nada disso é mais especial. Meu Grito...


Mateus Luciano






VIDEO POESIA música Mateus Luciano




Veio de Longe

segunda-feira, 29 de março de 2010

Mar de lágrimas

Pintura de Bravo


Num mar
De lágrimas
Ergo o meu livro.
Num futuro distante
Na morte vindoura.
Palavras
Que se desfazem
Em cada grito
De uma alma
Que teima
Em ser eterna.

Bravo



vejo
o mar
sinto
o ar
aprisionarme
no seu encalço
retoma teu copo
degusta
e sorve
o líquido fedido
amarga o rancor
alivia a minha dor
onde já não
existe
amor


Mateus Luciano


Diálogo Poético - Colaboradores: Bravo, Mateus Luciano


Bailarina

Lágrimas de Chuva

Vamos dialogar?
Ou se preferirem uma poesia interativa, pode ser também.
Mas participem.




Naquela tarde chuvosa eu só precisava de um abraço, 
um afago, um toque de mãos
Naquela tarde chuvosa era tudo o que eu precisava
e de meus olhos escorreriam lágrimas de chuva.



Ianê Mello




Minhas lágrimas seriam de contentamento
Tanto eu precisava ter você por perto
Tanto eu precisava ter o seu afeto
Lágrimas de chuva correndo
Por ter você, ali, naquele momento.



Drica Maclei


Os pingos grossos açoitando minha pele
e o clarão dos relâmpagos ofuscando meus olhos
cego e encharcado buscava teu rosto
mas o sal de uma lágrima era o único gosto
possível, naquela tarde chuvosa de agosto



Marcelino


Poesia Interativa - Colaboradores: Ianê Mello, Drica Maclei, Marcelino


domingo, 28 de março de 2010

Ela Vive!...

O primeiro encontro


Relâmpagos,
sensação que não é apenas visual
o primeiro encontro é táctil.

Deve ser fulgurante,
emergindo do anonimato,
despindo-se das sombras
transmutando-se em luminosidade.

O primeiro encontro
é aquele ganha vigor na amplitude do desejo
e na linguagem fascinante do instante.



Marcello Lopes


sábado, 27 de março de 2010

Cuida Que O Amor É Teu
























Não seria tarde para aquelas coisas?
Tarde da noite;
Tarde na vida;
Tarde demais?
Seria?
E o amor?
Passou ao longe?
Ficou na adolescência,
Antes da ciência do bem e do outro?
Ficou?
Onde é que ficou o raio do amor?
Se é que ficou.
Mas quem diabo disse que já era tarde para aquelas coisas?
Que diabo falou que era tarde da noite;
Tarde na vida;
Tarde demais?
Ora! Não dê ouvidos ao Diabo;
Ele fala demasiado
Fala pelos cotovelos
Pelas ventas
E pelas nádegas
E nunca é para o bem que fala
Ame agora
Não importa que achem cedo ou tarde
Tarde da noite
Tarde na vida
Tarde demais
Ame mais... e mais.

Obs. Esta foto foi mais uma feita de minha modesta câmera, durante um passeio com minha família pela bela Ribeirão Preto. Trata-se da Igreja De São Sebastião. Usei a foto apenas para deixar a postagem mais bela. Ela nada tem haver com o conteúdo do texto.



jefhcardoso
 
 

Os desenganos do amor.

















Tão claro quanto
o céu de primavera
foi meu amor

amando desvairado
rotineiro e insensato
se tornou

e hoje só aceito
sua opinião
além de outras mil

jovem Escarlate tão
piedosa e vulgar
naquele shortinho

fez entristecer
meu carinho
fez me querer não viver...


Mateus Luciano



O amor pode ser assim
surge mansa e calmamente
toma conta do nosso ser

Por ele somos capazes
de enfrentar o mundo,
por ele tudo fazemos

Se defeitos ele tem
só as qualidades se mostram
e nos deixamos enganar 
pela imagem que criamos

De repente, acordamos de um sonho
e a realidade se mostra menos colorida
O que fazer com esse amor, agora
se ele nos suga a vida?


Ianê Mello





Diálogo Poético - Colaboradores: Mateus Luciano, Ianê Mello




quinta-feira, 25 de março de 2010

Não Chores / Marcas de Vida





















Marcas de Vida
 
 
Esse rosto que hoje fito
no espelho do meu quarto
reflete os tempos idos.
Em suas linhas,
tênues e finas,
desenhadas pelo tempo,
guarda momentos vividos
na casa da memória.
A história da minha vida.
Minhas dores, meus amores,
alegrias e tristezas.
Guarda, ainda, a beleza,
sem o viço do frescor
da mocidade perdida.

Esse rosto que hoje fito
e é tão meu quanto o de outrora
revive em mim o amor,
singular e próprio,
por essa que hoje sou.
O tempo por mim vivido,
trouxe consigo a brandura
de quem perdoa seus erros
e com eles , sabiamente,
faz um novo caminhar.

Esse rosto que hoje fito
é um rosto que sei amar.



Ianê Mello



Diálogo Poético - Colaboradores: Machado de Carlos/ Ianê Mello

terça-feira, 23 de março de 2010

Metades

Âmago do ser / Esconderijo/ Revolta





'Falam do âmago do ser.
Onde fica o seu?
Quem sabe possa te buscar...'
  

Sheyna


Esconderijo

Há um menino por baixo das coisas,
Dentro de nós que lhe chamam âmago.
Ali, no mais esquisito do nosso ser,
Vivendo de algumas migalhas da vida,
Condenado a muitos anos de prisão...

Às vezes joga verdades pela nossa boca,
Mas logo retorna para sua cela escura.
Está sempre sozinho, longe das horas,
Com destino de eterno breu e silêncio.
Não há escada que facilite sua fuga,
Nem verdades que clareiem o caminho.

Esse menino levaremos calado até o fim,
Até que vençam nossas meias-verdades,
E façam de nós homens que não fomos,
Sagrem mulheres que jamais existiram,
E que assim a estrada de viver siga planos,
E a sociedade não seja afetada pelo real.

Esse garoto e sua bandeira pequenina,
Assim guardado talvez seja o único jeito
De manter no caminho a raça humana;
Driblando verdades, maquiando desejos.
Que durma, pois, nosso menino em sigilo,
Deixado para qualquer outra vez adiante.

Hoje não, que viver ainda é um disfarce,
Um contrato assinado antes de nascermos,
Um meio caminho para uma meia vida.
As regras de seguir estão todas prontas.
É só viver...
E ter no esconderijo das coisas o âmago.

Ricardo Fabião

_______________________________________________

Revolta


Vejo no meu dia a dia
Crianças doentes de fome
Mulheres que mesmo novas
Não sabem escrever o nome

Os velhos tão solitários
Carentes de ter alguém
Imploram por atenção
Mas só recebem desdém

Volto pra casa a pensar
Meu âmago todo se atiça
A ira não posso evitar
"Meu Deus porque tanta injustiça?"

Drica




...é que talvez
Deus seja eu
talvez não queira saber
mais da fome
da morte
talvez eu esteja perdendo
a fé
quem sabe se um dia tive fé
talvez seja outono
quem sabe verão...



...é que talvez
Deus seja eu
talvez não queira saber
mais da fome
da morte
talvez eu esteja perdendo
a fé
quem sabe se um dia tive fé
talvez seja outono
quem sabe verão...


Mateus Luciano





Diálogo Poético - Colaboradores: Sheyna, Ricardo Fabião, Drica, Mateus Luciano 





domingo, 21 de março de 2010

Confinamento


O espaço é infinito.
Nós é que o limitamos.
E num estreito espaço
nos confinamos.
Entregues a nossa própria solidão.
.
Ianê Mello
.
.
o tempo o espaço
a régua o traço
a camisa do grisalho
aos montes horizontes
.
Mateus Luciano
.
.
Delimitado, instável
apago o resto da tarde
que se enfiou sob o
meu lençol pranteado
junto a mim se ensopou
.
Lara Amaral



A portas fechadas se dá o meu pranto
Gritar não aplaca o meu tormento
então em silêncio me resta o lamento
e a dor de quem vive em confinamento

Drica


Diálogo poético - Colaboradores: Ianê Mello, Mateus Luciano, Lara Amaral, Drica

Infinitamente...





Meu amor, por ti enamorada
não vejo a hora de ser amada
A ti sorrirei com ternura
E verás minha brandura
Envolvida num terno abraço
Me livrarás do cansaço
de uma espera infinita
Me farás sentir bonita
 Dos meus lábios provarás
A doçura do mel sentirás
Vem meu amor, sem demora
que é no aqui e agora
que a ti me entregarei
e em teus braços me revelarei.


Ianê Mello




Diálogo Poético - Colaboradores: Machado de Carlos, Ianê Mello

Vento que passa

A teia. Pintura do Bravo



Vento que passa
Na falsa penumbra
Um olhar
Que espreita
Na noite soturna.
Uma gota de água
Que desliza sozinha
Numa imensidão
De águas profundas.
Solta-se o canto
Abre-se o sol
Liberta-se a luz.
Na ave
Que transporta a luz
O espírito renasce.
Cuidado
A todos aqueles
Que quebram os elos
Com o amor.




Bravo




Vento...vento...
Sempre a ventar
Leva meu pensamento 
pra outro lugar
Leva consigo meu lamento
e traz consigo um alento
Venta, venta, venta forte
E me mostra o meu norte
Me conduz em seu abraço
Envolve meu corpo num laço
Me enlaça com ternura
Me liberta dessa procura
O momento é agora
O tempo e a hora
Venta vento ...Venta mais...
Me leva ao encontro da paz.



Ianê Mello






Diálogo Poético - Colaboradores: Bravo, Ianê Mello 



Meu Amor




















Meu amor não dói.
Não hoje
Meu amor tem a voz macia e um jeito sereno
Meu amor sorri quando digo bobagens que, sic, só eu digo

Meu amor sorri quando estamos juntos.
Meu amor me traz cativo e pacífico como o oceano
Um selvagem coração cativo
Se é que é possível

Meu amor vem comigo
Meu amor está ao meu lado enquanto dirijo
Meu amor está ao meu lado enquanto eu não sorrio

Meu amor é inevitável
Meu amor é essencial
Meu amor me faz feliz


Jefhcardoso




Se o amor não dói é puro
e na pureza se eterniza
Um amor assim seguro
É amor para toda a vida


Se um amor assim encontrou,
meu caro e doce amigo,
guarde-o sempre consigo
e mantenha acesa a chama

Considere-se homem de sorte
pois amor assim não se encontra
É um verdadeiro achado
Como uma pedra da sorte

Há pessoas que morreram
sem nunca viver esse amor
Mesmo àqueles que cederam
e doaram-se com fervor

Amor puro e sincero
Na vida não há de existir
Nada que seja mais belo


Ianê Mello





Diálogo Poético - Colaboradores: Jefhcardoso, Ianê Mello



À Espera do amado

Vamos lá....novo desafio.
O que esta pintura lhe sugere?
 Vamos escrever um verso, um poema ou uma prosa?





Minha alma se perde nas ondas do mar.
Nelas me envolvo no seu ir e vir.
Esperando docemente minha dor passar.


Pérola


Enquanto na areia eu danço
O corpo nu pela lua iluminado
Dançando a dança do amor
Espero por você, meu doce amado.


Ianê Mello


Diálogo Poético - Colaboradores: Pérola, Ianê Mello





Desafio Poético

Gostaria de propor outro desafio. 
O que você vê nessa pintura de Dali?


Façamos um diálogo poético tendo como inspiração essa linda pintura.





             Salvador Dali "Adolescense"



 Por que olhas com esses olhos cálidos,
a mirar além de mim o horizonte
Não vês que preciso do teu olhar no meu
Não vês que através de ti
minha existência se completa
Não quero ser na tua vida 
apenas a sombra de uma saudade
Na tua vida quero ser
um ser humano de verdade
Olhemos juntos o horizonte aberto
Atravessemos a fronteira da vaidade
Sejamos nós mesmos,
um para o outro,
a reconstrução do amor que unifica,
do amor que nos leva a verdade
Ao eterno infinito de nós dois



Ianê Mello




Meia presença



Como não havia uma moldura para tua imagem,
resolvi espalhar-te ao redor da minha aldeia.
Há quem diga que até hoje dormes na encosta;
ou deslizas até o verde-azul das primeiras ondas,
e não retornas para um sorriso...

Parece que sussurras barcarolas ao meu ouvido,
e já sem sair daqui estou muito distante de mim;
acompanhando-te em tua misteriosa aventura.
Mas as raízes podem mais coisa que o desejo:
Eu fico; e mais distância de mim eu sofro.
 
Sou homem simples de destino muito estreito;
não sou de ir aos lugares que levam horas até lá;
tudo meu é de minuto, é de muito próximo até.
É de muita dúvida e não saber ao certo significar.
Passo duas voltas de chave nas palavras e calo.

Às vezes estou a doer do amor que me ensinaste,
tentando com meu silêncio as frases que decorei.
Repetindo no ar tantos beijos que não arrisquei.
Não tenho certeza se te aprisionei em meu mundo,
ou se do teu já não junto forças de me libertar.
Quem és que só sinto e não te encontro?

Verdade é que ciência de mim não mais possuo,
que me ateste que foste sonho, e nunca vieste;
ou que me deixaste e a loucura me apanhou...
Fico cá, de cara com o olhar que eu desenhei;
esse que não deixará que me falte o sol, o céu.

Ricardo Fabião


Diálogo Poético - Colaboradores: Ianê Mello, Ricardo Fabião


 

Versos mudos

  


Perguntam por que
meus poemas são mudos
Intriga o fato d´eles provocarem
Tantas estranhas reações
Confunde-se a ação da poesia
na alma alheia
Eles, porém, não têm,
Por favor entendam !
jamais terão, voz própria ...

========

Versos não falam ,
nem gritam,
sequer murmuram
Poderão ganhar vida,
desde que sejam aceitos
Já dizia Drummond
Dentro da simples
e total iniciativa da leitura
Terão sua vitória
quando arrancarem lágrimas

========

Quando capazes de produzir
Ao menos um momento intenso
E no rugir do tigre de Borges
Fizerem-se cúmplices
na hora da gostosa solidão
Companheiros de uma viagem
sem movimento
Cantados por uma voz pura
atingirão sua plenitude

========

Neste estágio serão úteis
na construção de vidas
Transformados em ferramentas
para despertar os sonhos
Tal catavento de Quintana
Meus versos aí estarão
cumprindo sua missão !
Mas vivos na letra fria,
seguirão sempre mudos.


Ivan Cezar



Versos ao extraordinário

sente...
esse mundo cão
latindo em último som
vês,assim que digo
ilusionário doutor Bender
adormece a manhã
jovem puritano
criado nos berços
que se dizem de ouro
com escadarias
em caracol em madeira de lei
tudo polido sem som
barras acompanham
sem fazer alarde
castelos e mosteiros
completam a paisagem
estradas aqui ,parecem
estradas dali
as macieras estão presentes
em contos contados
sobre ali
ou mesmo em sonho de donzelas
ainda ,castas!?
o véu branco encobre os rostos
de quem quer ver,aquelas coisas
hoje então cão solitário
passa desapercebido
sem ser notado...


por Mateus Luciano





Diálogo Pético - Colaboradores: Ivan Cezar , Mateus Luciano



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