Bem, como amo a música e amo as flores, sinceramente não teria como escolher entre elas. Se as flores cantassem e as músicas florissem esse mundo seria maravilhoso.
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Então é isso, com a palavra a criadora do selo, Bia:
Como a maioria, meu selo tem regras - tão estranho dizer regras - .
1) Deve-se posta-lo no blog;
2) Dizer o que te inspira ao escrever;
3) Indicar cinco outros blogs;
4) Deixar uma frase ou texto do seu escritor favorito.
Gostaria de poder chorar
e em minhas lágrimas derramar
todo o pranto
em meu peito congelado
em momentos de espanto. ...........................................
Ianê Mello
Não Chores
Quando passamos pela noite fria,
E o gelo cai sobre a nossa morada;
Precisamos vicejar a alvorada,
No entanto a dor ainda nos alicia...
Amor, esqueça a passagem sombria;
Deste mundo não levaremos nada!
Olvida aquela hora mal amada.
— Tu és forte p’ra vencer a ventania!
Quando o coração estiver palpitando;
Contempla uma rosa feliz se abrindo,
E, lento, o perfume se revelando...
Verás o lado da vida, que é lindo!
Esquecerás o passado, — Cantando!
Seguirás o teu caminho, — Sorrindo!...
Machado de Carlos
Publicado no Recanto das Letras
Festejar
Derramar só teu bálsamo
Nada de lagrimas por um falso
Deixe-as para alegria que vira
Sim estamos no outono
Frio e vinho vá degustar
Que a verdade das uvas
Baco de ajude a esquentar
E assim teu sorriso e brilho
Quero mais é ver espantar
E com teus olhos espargir
O teu carinho difundir
Não, não vais chorar
Vai sim levantar teu olhar
E festejar
Ulisses Reis®
Deleite
Deslizantes águas do rio
Escapolem aos olhos meus
E seguem sem deixar rastros.
Tal qual o vento que passa
E dialeticamente ultrapassa
As cinzas das horas mortas.
Assim sou eu em teus braços
Esqueço a dor e o fracasso...
Teus seios me abrem portas.
Jairo Cerqueira
Tenho que chorar...
Expulsar esta dor...
ter paz no pensamento....
Deixem, deixem que chore....
Não me torturem.....
Não, não me digam nada...
Apenas deixem que eu grite....
Depois, talvez aceite esse abraço e chore baixinho no teu ombro....
Marta
Diálogo Poético - Colaboradores : Ianê Mello (imagem e poema) , Machado de Carlos, Ulisses Reis, Jairo Cerqueira, Marta
Amor...amor...
sentimento tão contraditório
Quando se crê que ele existe
ele não se faz notório.
Ianê Mello
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... E a Nau Segue.
Estava frio e triste!... era madrugada...
Pensava nela. Ela era o meu tudo!
O mundo desabou. Fiquei mudo!
Vi, no momento, que eu era um nada...
Caiu novamente à noite calada...
O vento entoa sua marcha de luto!
Meus pensamentos voam... voam..., contudo
A rotina segue sua cavalgada..
Os dias já nascem tardiamente;
Uma saudade soa de repente;
As lágrimas são a alma comovida!
Uma nuvem caiu sobre os meus olhos;
Não a vejo no meio dos abrolhos;
No entanto, no pântano há vida!...
Machado de Carlos
Publicado no Recanto das Letras
Código do texto: T1922715
O amor
O amor É sinónimo de vazio. Tudo o que antes parecia importante Deixa de o ser! O passado e o futuro, Convergem para o presente. Nada!... Mas nada faz sentido! As pernas carregam, cambaleantes, A cabeça e o tronco Embriagados pelas emoções do momento. As palavras!... As palavras tornam-se flechas, Que rasgam o ar em todas as direcções Na procura do desejado alvo. Aqui, o cupido! Deixa de fazer sentido. Tudo se resume A um abstracto de emoções. À ponta do cordel Do novelo do amor. O começo de um caminho No labirinto da vida. E também o doce momento Onde tudo recomeça.
Bravo
À deriva
Amar é... A maré dos meus sonhos. Na solidão, só me dão... Desilusões e tristezas. No oceano da vida Sou apenas um náufrago A esperar um barco Que descreva um arco Me tome nos braços E me leve a ti.
Jairo Cerqueira
Diálogos Poéticos - Colaboradores: Ianê (imagem e poema), Machado de Carlos(Soneto), Bravo, Jairo Cerqueira.
Um castelo encantado
a distância vislumbrei
Fez-me lembrar do passado
que um dia eu sonhei
Contos de fadas
Príncipes encantados
Princesas cortejadas
Em versos decantadas
Como era belo o sonho
de um puro e eterno amor
Num adormecer risonho
como um botão em flor
Inocência de criança
que na pureza alcança
com suas mão pequenina
seu desejo de menina
Os olhos não podiam ver
o que a maturidade ensina
O que restava era crer
numa beleza cristalina
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Ianê Mello
Voltei, esqueci...
O túnel é a antítese da história Troquei o tempo, hirto, sem marcas... Tomei a taça de anisete, - teu tudo. Toquei a antologia; um antúrio, uma estrela...
Por um triz a tília tremeu, triste! À tarde, ao horizonte, chorei o mito, Lá estava o vestido hirto e esterno... Beijei tua marca, teu tudo, a história...
Neste túnel está o nosso pretérito Tenho a cicatriz e tua veste antológica, mas o destino nos tolheu por um triz.
Tarde!... Fim do túnel. No horizonte tomei a taça; letras da antologia! Tens tudo, tu és o mito do tempo!...
Machado de Carlos
Publicado no Recanto das Letras Código do texto: T1154427
Rua Copacabana
Ontem caminhando voltei a vislumbrar
Tudo que meu passado deixei
Pé de goiaba, manga, quintal e feira
Rua de terra, cheiro de chuva
Bambuzal , mamoneira e menina
Faceira
Inocência de brincadeiras
Esconde-esconde, amarelinha
Bolinha de gude, pião de madeira
As minha pipas queridas, cortante(cerol)
No varal no fundo da casa com lençol
Brancos e limpos
Céu de brigadeiro, Mandiopan
Carrinho de rolemã
Jabuticabeiras
Rua Copacabana, corri ela inteira
Ainda tenho um que daquele menino
Que ficava de bobeira, olhando o céu
Não almoçava e muito da mãe apanhava
Pois às vezes o uniforme da escola
Eu não tirava
Voltei ontem, por onde eu brincava
Ulisses Reis®
Diálogo Poético - Colaboradores: Sr. do Vale (pintura), Ianê Mello, Machado de Carlos-(Soneto),Ulisses Reis
A criança
Atravessou
A linha do horizonte
Sem quebrar
A harmonia
Da linha recta.
À distância!
Transformou-se
Simplesmente
Num ponto.
Acenou,
Pediu socorro,
Gritou!
Mas o som!...
O som... perdeu-se no silêncio!...
... refaz sua negra manta noutro cio e voa feliz: - (É o prazer do beija-flor!). Depois lança seu sopro a refrescar as feridas que sangram!... e jorram!...
As presas do mamífero procuram outra vítima: - as mamas da donzela... Afia novo sorriso: - quer um dócil e brilhante lençol avermelhado!
Oh noite! – Mãe de garras boquiabertas, (...) sorve eufórica a sopa de quimeras dos mortos-vivos nas trevas de cetim...
Usa o disfarce de luz desgraçada e tem nas mãos de pelica um perfume: - é a ilusão do zumbi antes da aurora
Machado de Carlos
Publicado no Recanto das Letras em
Código do texto: T1814837
Diálogo Poéticos - Colaborador : Jairo cerqueira( poema e imagem)-Machado de Carlos - (Soneto).