O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




quinta-feira, 13 de maio de 2010

CORA DELICIOSA CORALINA


Estou em busca dessa doçura da alma de poeta e confeiteira
Que Cora possuía como poucas
ou talvez, como nenhuma outra.

Mas esse dragão dentro de minhas entranhas não me deixa descansar...

tornar-me um lago tranquilo, suave, manso
sem transtornos
livre de ondas assustadoras e aflitas
que se jogam na arrebentação
para se desmancharem por sobre a areia quente
onde as crianças brincam, rolam
se divertem com tanta alegria

constroem seus castelos
ou simples montinhos de areia molhada
que podem ser qualquer coisa neste Mundo.
Porque para o olhar de criança
um montinho de areia
pode ser tudo que o desejo e a imaginação
queiram que seja...

até manjedoura

para abrigar os palitos de picolés jogados fora
que não caíram dentro da lata do lixo.



Lou Albergaria

Este poema compõe o meu segundo livro que já está quase saindo do forno que se chama: O COGUMELO QUE NASCE NA BOSTA DA VACA PROFANA. Assim que ficar pronto, talvez mais umas 2 semanas no máximo, aviso a todos vocês. BJS!!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Meu caro Lou, gostei do seu poema: ficou bem ao estilo da Cora. Ficou singelo, simples e cativante. A simplicidade e a linearidade, preenchida de sentimentos e imagens, traçaram em mim singelas emoções. Parabéns!
Abraço,

Ianê Mello disse...

Lou,

sou apaixonada por Cora Coralina e não poderia deixar de me encantar com seu poema.

Beijos.

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