O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.
Condimentos em demais estragam o gosto.
O ímpeto das paixões perturba o coração.
A cobiça do impossível destrói a ética.
Por isso, o sábio em sua alma
Determina a medida de cada coisa.
Todas as coisas visíveis lhe são apenas
Setas que apontam para o Invisível.
(Tao-Te King, Lao-Tsé)
quarta-feira, 28 de março de 2012
O gafanhoto
Salta gafanhoto.
Aparta-te da civilização.
(Vais ligeiro.
Vais para a grama a que pertences.
A longos e grandes saltos...).
Eu, que te vejo,
Invejo o teu salto.
Num único segundo tens a graça do vento e o calor do sol...
RODRIGO DELLA SANTINA
domingo, 25 de março de 2012
Diálogo Poético : Enice de Faria, Joaquim Vale Cruz e Ianê Mello
ESPAÇO
Passo no espaço
Do compasso
Que sobra de mim;
me faço esquadro
no compasso
das horas
e nos sonhos
me desfaço
em pontos
e me recomponho
juntando os pedaços!
Enice de Faria
Pontos e traços
são como passos
dados nos espaços
em que pedaços
nos deixam lassos
com os abraços
que nos afagam…
Mas sobra de mim
o que tem por fim
desfazer meu sonho
mau ou risonho
em que me recomponho…
E em seus compassos
pontos e traços :
- junto os pedaços…
JVC – Fb - 2012-03-23
são como passos
dados nos espaços
em que pedaços
nos deixam lassos
com os abraços
que nos afagam…
Mas sobra de mim
o que tem por fim
desfazer meu sonho
mau ou risonho
em que me recomponho…
E em seus compassos
pontos e traços :
- junto os pedaços…
JVC – Fb - 2012-03-23
ESQUADROS
traço ângulos
perpendiculares
(tri) ângulos
(re) ângulos
circundo retas
(semi) círculos
traço paralelas
(re) traio
(con) traio
expando
espio
esquadrinho
(re) cantos
recônditos
escaninhos
escaninhos
crio nichos
esconderijos
cavidades ocultas
(a) dentro
por dentro
...
e fico.
Ianê Mello
Ianê Mello
*
Créditos de imagem : Pintura de Kandinsky
A geometria do amor tem vários desenhos
E ângulos estranhos
com vértices tais
perpendiculares expandidas
retas contraídas
e curvas ainda mais
Por isso uso o esquadro
a régua e um estrado
onde crio escaninhos
e em seus recantos
recônditos encantos
faço nosso ninho
E de coisas belas
traço paralelas
e não me sacrifico
faço o nosso leito
e nele me deito
e contigo…fico…
JVC
E ângulos estranhos
com vértices tais
perpendiculares expandidas
retas contraídas
e curvas ainda mais
Por isso uso o esquadro
a régua e um estrado
onde crio escaninhos
e em seus recantos
recônditos encantos
faço nosso ninho
E de coisas belas
traço paralelas
e não me sacrifico
faço o nosso leito
e nele me deito
e contigo…fico…
JVC
quarta-feira, 14 de março de 2012
Dialogo Poético - Ianê Mello e Joaquim Vale Cruz
VERSOS INVERSOS
Muitos acham que versos devem ter
a doçura de um favo de mel
mas quanto doce um poema pode ser
numa vida que também amarga feito fel
Poema arrumadinho, tão certinho
que agrada os olhos de quem ler
e na ilusão só reconhece o carinho
enquanto o mundo agoniza no sofrer
Hipocrisia, ironia, desdém da dor
cada qual sabe de si o seu limite
mas eu não faço versos sem ardor
eu faço versos para quem existe
verso na crueza dos amores
reconheço nas flores o espinho
não procuro esconder os dissabores
pois tudo faz parte do caminho
Ianê Mello
* Inspirado em Camille Claudel
Escultura: L'Âge Mûr - A Idade Madura (Bronze)
*
Postagem Original em:
Labirintos da Alma
(http://labirintosdaalma.blogspot.com/2012/02/versos-inversos.html)
Os seus poemas Querida Ianê, fascinam-me de tal forma, que pegando nos seus motes, nas suas palavras, me forçam a dialogar:
Versos, reversos, inversos
Podem ser perversos
Ou doces como o mel
Mas quando há padecer
Eles podem ter
só sabor a fel
Alguns versos são certos
mas se são incertos
e feitos sem calor
Só fazem sofrer
E em seu remoer
Fazem sentir dor
Cantam a ironia, a hipocrisia, o desdém, a dor
Não têm limite, quando algum emite o sentir do amor
Por vezes são espinhos, que de tão daninhos nos fazem sofrer
Mas se são belas flores, das mais lindas cores
Ou então frutos com os atributos dos melhores sabores
Me sinto disposto…com desgosto…ou gosto…a poemas fazer
JVC – FB - 2012-03-14
Versos, reversos, inversos
Podem ser perversos
Ou doces como o mel
Mas quando há padecer
Eles podem ter
só sabor a fel
Alguns versos são certos
mas se são incertos
e feitos sem calor
Só fazem sofrer
E em seu remoer
Fazem sentir dor
Cantam a ironia, a hipocrisia, o desdém, a dor
Não têm limite, quando algum emite o sentir do amor
Por vezes são espinhos, que de tão daninhos nos fazem sofrer
Mas se são belas flores, das mais lindas cores
Ou então frutos com os atributos dos melhores sabores
Me sinto disposto…com desgosto…ou gosto…a poemas fazer
JVC – FB - 2012-03-14
Diálogo Poético: Ianê Mello e Joaquim Vale Cruz
E viva a Poesia!
E salvem os poetas!
Retirando do fundo do baú....
CATARSE POÉTICA
A alma do poeta expressa
uma forma diferente de sentir
Longe do mundo e da pressa
Revelando algo que está por vir
Enternece tão somente
àqueles que por ela são tocados
Uma alegria para quem sente
os seus sentimentos revelados
Pois com sua palavra e voz
ele pode transpor muros
e ajuda a desatar os nós
aliviando os corações mais puros
Com sua alma exposta
e seu coração na mão
se entrega com paixão ao que gosta
e compõe notas da mais pura emoção
Com palavras ele desenha
como o pintor com seu pincel
Pois do cofre ele tem a senha
Colorindo o branco do papel
Revela sem medo suas dores
e expõe desejos contidos
Fala até mesmo de seus amores
e pensamentos proibidos
Numa catarse de emoções
sua alma aflora e se liberta
Florindo nas mais belas estações
lapidando sua dor mais secreta
Com a alma purificada
e o coração atento
Não busca da vida mais nada
do que a leveza do momento
Ianê Mello
postagem Original em:
Labirintos da Alma
(http://labirintosdaalma.blogspot.com/2009/10/alma-do-poeta-expressa-uma-forma.html)
Querida Amiga Ianê, também do meu baú, aqui vai um restinho de poesia.
E viva a poesia e todos os poetas !!!!!
A poesia caça a gente
sem apelo nem agravo
e por vezes deixa um travo
dificil de digerir...
E quando surge um poema
nós ficamos num dilema
para do problema sair...
Vem o mote, vem a ideia
mas não aparece a veia
por onde possa correr...
E quando achamos saída
começa a nossa lida
e as palavras vão fluindo
e um sentimento lindo
começa surgindo em nós
quando podemos dar voz
ao nosso melhor sentir...
E o poema que é som
tem necessidade ainda
de certa musicalidade
que lhe vai dar de verdade
o encanto que ele tem.
E tem que ter o seu ritmo
ora rápido, ora lento
para conseguir o intento
de poder ser entendido
seja escuro, seja florido
seja mudo, tenha som
e tem que mudar de tom
p'ra não haver distonia
e quando tudo consegue
o poeta fica alegre
quando depois do interim
lhe põe a palavra.... FIM
JVC – FB - 2010
E salvem os poetas!
Retirando do fundo do baú....
CATARSE POÉTICA
A alma do poeta expressa
uma forma diferente de sentir
Longe do mundo e da pressa
Revelando algo que está por vir
Enternece tão somente
àqueles que por ela são tocados
Uma alegria para quem sente
os seus sentimentos revelados
Pois com sua palavra e voz
ele pode transpor muros
e ajuda a desatar os nós
aliviando os corações mais puros
Com sua alma exposta
e seu coração na mão
se entrega com paixão ao que gosta
e compõe notas da mais pura emoção
Com palavras ele desenha
como o pintor com seu pincel
Pois do cofre ele tem a senha
Colorindo o branco do papel
Revela sem medo suas dores
e expõe desejos contidos
Fala até mesmo de seus amores
e pensamentos proibidos
Numa catarse de emoções
sua alma aflora e se liberta
Florindo nas mais belas estações
lapidando sua dor mais secreta
Com a alma purificada
e o coração atento
Não busca da vida mais nada
do que a leveza do momento
Ianê Mello
postagem Original em:
Labirintos da Alma
(http://labirintosdaalma.blogspot.com/2009/10/alma-do-poeta-expressa-uma-forma.html)
Querida Amiga Ianê, também do meu baú, aqui vai um restinho de poesia.
E viva a poesia e todos os poetas !!!!!
A poesia caça a gente
sem apelo nem agravo
e por vezes deixa um travo
dificil de digerir...
E quando surge um poema
nós ficamos num dilema
para do problema sair...
Vem o mote, vem a ideia
mas não aparece a veia
por onde possa correr...
E quando achamos saída
começa a nossa lida
e as palavras vão fluindo
e um sentimento lindo
começa surgindo em nós
quando podemos dar voz
ao nosso melhor sentir...
E o poema que é som
tem necessidade ainda
de certa musicalidade
que lhe vai dar de verdade
o encanto que ele tem.
E tem que ter o seu ritmo
ora rápido, ora lento
para conseguir o intento
de poder ser entendido
seja escuro, seja florido
seja mudo, tenha som
e tem que mudar de tom
p'ra não haver distonia
e quando tudo consegue
o poeta fica alegre
quando depois do interim
lhe põe a palavra.... FIM
JVC – FB - 2010
terça-feira, 13 de março de 2012
Diálogo Poético : Ianê Mello , Leila Onofre e Joaquim Vale Cruz
DO CORPO APARTADA
Corpo
casa da alma
fluídica e etérica
agora jaz
imóvel e entregue
ao seu destino
fatalidade da vida
assim a morte é...
...
chega a hora da partida
o corpo cumpriu seu tempo
e agora descansa
coberto de flores cor de ouro
abraçado pelo sono eterno
mas a alma...
ah, a alma!...
essa permanece ...
eternamente.
Ianê Mello
Outono escondido
A cada dia cai uma folha
Em silencio toca o chão
Enganando o calor do verão
Primeiro acenam no vento lento
Soando dentro da alma
De quem a acolhe no olhar
Olhar de outono
Ainda vazio
Ainda longínquo
Folhas perecidas, molhadas
Caem perdidas
Dentro de mim se abrigam
Aromatizando a dor do outono frio
Soltas dos galhos vencidos e secos
Arborizaram a esperança dos romanescos
Crenças, belezas, cores e flores...
Tudo aquilo que amo sentir
Leila Onofre 3/13/2012
*
Crédito de Imagem: Pintura de Arik Brauer
A cada dia cai uma folha
Em silencio toca o chão
Enganando o calor do verão
Primeiro acenam no vento lento
Soando dentro da alma
De quem a acolhe no olhar
Olhar de outono
Ainda vazio
Ainda longínquo
Folhas perecidas, molhadas
Caem perdidas
Dentro de mim se abrigam
Aromatizando a dor do outono frio
Soltas dos galhos vencidos e secos
Arborizaram a esperança dos romanescos
Crenças, belezas, cores e flores...
Tudo aquilo que amo sentir
Leila Onofre 3/13/2012
Do corpo apartada, a alma cansada
Saiu libertada
E no que foi sua casa, já não há mais vida
que foi tão sofrida…
mas…missão cumprida…
Seu cruel destino
marcado em menino
assim terminou
Chegou o remanso
e na hora do descanso…
já coberto de flores, de ouro, de prece
o corpo arrefece
e a terra estremece…
Mas a alma liberta
saiu mais desperta
e bem consciente
vive eternamente….!!!
Saiu libertada
E no que foi sua casa, já não há mais vida
que foi tão sofrida…
mas…missão cumprida…
Seu cruel destino
marcado em menino
assim terminou
Chegou o remanso
e na hora do descanso…
já coberto de flores, de ouro, de prece
o corpo arrefece
e a terra estremece…
Mas a alma liberta
saiu mais desperta
e bem consciente
vive eternamente….!!!
Do corpo apartada, a alma cansada
Saiu libertada
E no que foi sua casa, já não há mais vida
que foi tão sofrida…
mas…missão cumprida…
Seu cruel destino
marcado em menino
assim terminou
Chegou o remanso
e na hora do descanso…
já coberto de flores, de ouro, de prece
o corpo arrefece
e a terra estremece…
Mas a alma liberta
saiu mais desperta
e bem consciente
vive eternamente….!!!
JVC – Fb - 2012-03-13
Saiu libertada
E no que foi sua casa, já não há mais vida
que foi tão sofrida…
mas…missão cumprida…
Seu cruel destino
marcado em menino
assim terminou
Chegou o remanso
e na hora do descanso…
já coberto de flores, de ouro, de prece
o corpo arrefece
e a terra estremece…
Mas a alma liberta
saiu mais desperta
e bem consciente
vive eternamente….!!!
JVC – Fb - 2012-03-13
*
Crédito de Imagem: Pintura de Arik Brauer
terça-feira, 6 de março de 2012
Dialogo poético: Ianê Mello, Paula Amaro e Luis Lima
DANÇA DA VIDA
Pétala leve
branca aveludada
voeja em rodopios
ao vento que embala
sob o azul do céu
sem nuvens
reflexos de sol doirados
rebrilha nos cabelos
cor de trigo
menina dança
a dança do sol
vida que se recria
que se renova
em luz
gira, gira, gira
menina dourada
menina dourada
...
rodopia sobre si mesma
um sorriso feliz nos lábios
o infinito no olhar...
Ianê Mello
Crédito de Imagem: Fotografia de Anka Zhuravleva.
Uma dança
no movimento,
no olhar, no desejo
aquela dança sorrateira
que sai avulsa do sentimento
que mergulha inteira
na dança gulosa do beijo.
E dança mais,
dança sempre
que o amor está presente.
No soltar dos ais,
na dança do ventre,
no corpo dormente.´
É a vida, é a esp´rança
que rasga o futuro
que em nós se fez dança.
no movimento,
no olhar, no desejo
aquela dança sorrateira
que sai avulsa do sentimento
que mergulha inteira
na dança gulosa do beijo.
E dança mais,
dança sempre
que o amor está presente.
No soltar dos ais,
na dança do ventre,
no corpo dormente.´
É a vida, é a esp´rança
que rasga o futuro
que em nós se fez dança.
Paula Amaro
“””””””
voejo, voejo
nas penas
que dizes
com elas me calas
e asas
e nelas
voaremos ao lugar
das casas de amar
onde estaremos felizes
“””””””
“”””(luis lima)
Crédito de Imagem: Fotografia de Anka Zhuravleva.
Diálogo Poético : Ianê Mello e Joaquim Vale Cruz
FLUÍDICA
Ame o amor
que há em ti
Ame o amor
que há em ti
enterneça sentires
enamore-se
construa pontes de luz
cintilantes caminhos
de encontros
aquiete tua alma
inspire todo o ar
lentamente
tomando teu ser
solte as amarras do querer
entregue-se
simplesmente
ao SER
Ianê Mello
Solta as amarras do querer
Pois que esse amor que há em ti
É o sentimento mais lindo de viver
E o que em teu íntimo mais sorri
Quando te enamoras, te enterneces
Constróis pontes de luz, doces caminhos
Neles procuras as coisa lindas que mereces
E no retorno vais recebendo ternos carinhos
Entrega-te simplesmente, sem temor
E sem quaisquer rodeios ao teu amor
Afasta de ti qualquer sofrer
Verás então que tua alma se aquieta
Pois já atingiste a tua meta
E plenamente completaste todo o teu SER
JVC – FB - 2012-03-05
Pois que esse amor que há em ti
É o sentimento mais lindo de viver
E o que em teu íntimo mais sorri
Quando te enamoras, te enterneces
Constróis pontes de luz, doces caminhos
Neles procuras as coisa lindas que mereces
E no retorno vais recebendo ternos carinhos
Entrega-te simplesmente, sem temor
E sem quaisquer rodeios ao teu amor
Afasta de ti qualquer sofrer
Verás então que tua alma se aquieta
Pois já atingiste a tua meta
E plenamente completaste todo o teu SER
JVC – FB - 2012-03-05
Crédito de Imagem: Fotografia de autoria desconhecida.
domingo, 4 de março de 2012
Diálogo Poético :Ianê Mello e Luis Lima
ASAS DE BORBOLETAS
Pensamento voa
...
Pensamento voa
...
voa leve
voa no vento
em asas de borboletas
voa no vento
em asas de borboletas
...
na ausência das horas nuas
no tempo que escorre das mãos
...
no átimo de um segundo
na paz de um sorriso brando
na candura do olhar
na paz de um sorriso brando
na candura do olhar
...
voa, voa pensamento
não há limites
para o sonhar
Ianê Mello
não há limites
para o sonhar
Ianê Mello
Crédito de Imagem: Fotografia de autoria desconhecida.
Aquém limite amo a mãe do teu pensamento de ave
Não evoluo a ela, alongo minhas asas com as asas dela e nela ganho um sonho, um voo em bando colhido a alegrar-me
“””””””
“”””(luis lima)
(... canto de bolso... foto windows...)
Diálogo Poético: Ianê Mello e Joaquim Vale Cruz
SUBLIMAÇÃO
Lua e Sol
astros luminosos
mulher
Lua e Sol
astros luminosos
mulher
...
plácida entrega
brancura alva
banha-se
de luz
...
transmuta
...
alma que transcende
...
integra-se ao cosmos
...
unifica-se.
Ianê Mello
A pureza da mulher
Podemos se quiser
Comparar ao Sol e à Lua
E essa sublimação
Exalta o coração
Mostra a subtileza sua
A sua luminosidade
É fruto da sua bondade
E da sua etérea subtileza
Pois a alma que transcende
Quando sua chama acende
É toda ela beleza
E quando no Cosmos se integrar
Numa transmutação sem par
Com honras e gratidão
Toma nesse sublime estado
Transcendente e apurado
A completa perfeição
JVC – FB - 2012-03-04
Podemos se quiser
Comparar ao Sol e à Lua
E essa sublimação
Exalta o coração
Mostra a subtileza sua
A sua luminosidade
É fruto da sua bondade
E da sua etérea subtileza
Pois a alma que transcende
Quando sua chama acende
É toda ela beleza
E quando no Cosmos se integrar
Numa transmutação sem par
Com honras e gratidão
Toma nesse sublime estado
Transcendente e apurado
A completa perfeição
JVC – FB - 2012-03-04
sábado, 3 de março de 2012
Dialogo Poético: Ianê Mello e Luis Lima
SENTIRES EM CORDAS
em cordas delicadas
pulsantes em vida
assim manifesta
...
frio da neve
degela em sons
no sol que se insinua
...
dança do corpo
em movimentos sutis
recriação em si
em alma liberta
...
prazer de estar
e encontrar-se
...
música que incorpora
sentires...
Ianê Mello
“””””””
Jardim de abril
um teclado aberto
a convergir
do arco anil
ao músculo da melodia
De degrau em degrau
até ao fundo da escala
uma escada erguida
à nau de ti
quem sabe
um dia
“””””””
“”””
(luis lima)
*
Crédito de Imagem: Fotografia de Anka Zhuravleva
sexta-feira, 2 de março de 2012
Diálogo poético: Ianê Mello, Luis Lima e Joaquim Vale Cruz
FLAMEJANTE VERSEJAR
versos que precisam do desgoverno
do caos das palavras
da inquietude...
...
versos que flamejam
inflamam
...
por não caberem em si.
Ianê Mello
*
Crédito de Imagem: Pintura de Frida Kahlo
versos que precisam do desgoverno
do caos das palavras
da inquietude...
...
versos que flamejam
inflamam
...
por não caberem em si.
Ianê Mello
*
Crédito de Imagem: Pintura de Frida Kahlo
“””””””
a mão
e não
único
um gesto de afago
a converter
qualquer intento
do caos à quietude
e mais temerário
um outro gesto
o intuito contrário
a devolver ao brilho
a tese enevoada
da tua estrada
um filho
à magnitude
“””””””
“”””(luis lima)
O caos do poema é eterno
fruto do seu próprio desgoverno
e das torturas que causa a quem o faz
Pois a sua inquietude é tão ardente
que nos inflama a vida impunemente
mas que ao nascer, dos trás a paz
E nessa fogueira, sarça-ardente
Em que arde em chamas como gente
Solta ais, sofre dores e tais tormentos
Que desse parto ingente nasce a dor
Nascem também versos de amor
E o poeta extravasa sentimentos
fruto do seu próprio desgoverno
e das torturas que causa a quem o faz
Pois a sua inquietude é tão ardente
que nos inflama a vida impunemente
mas que ao nascer, dos trás a paz
E nessa fogueira, sarça-ardente
Em que arde em chamas como gente
Solta ais, sofre dores e tais tormentos
Que desse parto ingente nasce a dor
Nascem também versos de amor
E o poeta extravasa sentimentos
JVC – FB - 2012-03-02
quinta-feira, 1 de março de 2012
Diálogo Poético: Carmen Silvia Presotto e Ianê Mello
estágio da sombra
desassombra a luz,
inverto o cálice das horas,
digo noite ao dia,
poemo
e rio ao dizer...
Carmen Silvia Presotto - Vidráguas!
desassombra a luz,
inverto o cálice das horas,
digo noite ao dia,
poemo
e rio ao dizer...
Carmen Silvia Presotto - Vidráguas!
a luz se faz
e sorrindo
um sorriso sem dor
acalentado
por doces versos
encanta o olhar
mareja poesia
inebria o sentir...
...
na noite que desfaz o dia.
Ianê Mello
Crédito de Imagem: Fotografia de Pavel Mirchuk
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