O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




quarta-feira, 14 de março de 2012

Diálogo Poético: Ianê Mello e Joaquim Vale Cruz




E viva a Poesia!
E salvem os poetas!

Retirando do fundo do baú....

CATARSE POÉTICA


A alma do poeta expressa
uma forma diferente de sentir
Longe do mundo e da pressa
Revelando algo que está por vir

Enternece tão somente
àqueles que por ela são tocados
Uma alegria para quem sente
os seus sentimentos revelados

Pois com sua palavra e voz
ele pode transpor muros
e ajuda a desatar os nós
aliviando os corações mais puros

Com sua alma exposta
e seu coração na mão
se entrega com paixão ao que gosta
e compõe notas da mais pura emoção

Com palavras ele desenha
como o pintor com seu pincel
Pois do cofre ele tem a senha
Colorindo o branco do papel

Revela sem medo suas dores
e expõe desejos contidos
Fala até mesmo de seus amores
e pensamentos proibidos

Numa catarse de emoções
sua alma aflora e se liberta
Florindo nas mais belas estações
lapidando sua dor mais secreta

Com a alma purificada
e o coração atento
Não busca da vida mais nada
do que a leveza do momento


Ianê Mello

postagem Original em:
Labirintos da Alma
(http://labirintosdaalma.blogspot.com/2009/10/alma-do-poeta-expressa-uma-forma.html)


Querida Amiga Ianê, também do meu baú, aqui vai um restinho de poesia.
E viva a poesia e todos os poetas !!!!!


A poesia caça a gente
sem apelo nem agravo
e por vezes deixa um travo
dificil de digerir...
E quando surge um poema
nós ficamos num dilema
para do problema sair...
Vem o mote, vem a ideia
mas não aparece a veia
por onde possa correr...
E quando achamos saída
começa a nossa lida
e as palavras vão fluindo
e um sentimento lindo
começa surgindo em nós
quando podemos dar voz
ao nosso melhor sentir...
E o poema que é som
tem necessidade ainda
de certa musicalidade
que lhe vai dar de verdade
o encanto que ele tem.
E tem que ter o seu ritmo
ora rápido, ora lento
para conseguir o intento
de poder ser entendido
seja escuro, seja florido
seja mudo, tenha som
e tem que mudar de tom
p'ra não haver distonia
e quando tudo consegue
o poeta fica alegre
quando depois do interim
lhe põe a palavra.... FIM

JVC – FB - 2010


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