Pintura: Boy Viewing Mt. Fuji (1830) – Katsushika Hokusai
" Todo escritor precisa de paz para sangrar"
Convido-os a refletir sobre esse pensamento e expressar suas emoções.
Estou em silêncio...
Mas, minh'alma, inquieta, move-se
E, no mover do meu silêncio,
Sente a minh'alma as dores do mundo.
E ouve, e escuta, e sente, e chora...
E sangra,
Espalhando-se, sangrante,
o seu canto, pelo ar.
Lice Soares
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Sozinha em meu quarto
as palavras fluem
Um rio de sangue
que escorre quente
em minhas veias
e se derrama no papel
tingindo-o de vermelho-sangue
"Todo escritor precisa de paz para sangrar"
pois nesse momento ele se volta para si mesmo
Absorto em seus pensamentos,
em completo e absoluto silêncio,
ouve as batidas do próprio coração
Suas emoções afloram
Pode ouvir o grito de suas próprias dores,
seus devaneios, suas perdas, seus amores
seus conflitos, suas ilusões
Ele se percebe unicamente humano
Sua solidão se faz sentir
sem as interferências externas
que distraem a mente
e, por vezes, embotam os sentimentos
Nesse profundo encontro consigo mesmo
ele se descobre frágil, só, imperfeito
Caem as máscaras do dia a dia
Agora, é seu verdadeiro rosto que vê no espelho
e se sente nu, desprovido de qualquer proteção
e a ferida, então aberta... sangra.
Iane Mello
OBS: Frase entre aspas de Fabricio Carpinejar.
Diálogo Poético - Colaboradores: Lice Soares, Ianê Mello
3 comentários:
O silêncio poético é um grito sufocado na alma, que explode em palavras e versos...
beijos, ótima semana
Lindo, minha amiga!
Beijo grande.
Linda,participação, amiga Lice.
Beijo grande.
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