Perguntam por que
meus poemas são mudos
Intriga o fato d´eles provocarem
Tantas estranhas reações
Confunde-se a ação da poesia
na alma alheia
Eles, porém, não têm,
Por favor entendam !
jamais terão, voz própria ...
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Versos não falam ,
nem gritam,
sequer murmuram
Poderão ganhar vida,
desde que sejam aceitos
Já dizia Drummond
Dentro da simples
e total iniciativa da leitura
Terão sua vitória
quando arrancarem lágrimas
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Quando capazes de produzir
Ao menos um momento intenso
E no rugir do tigre de Borges
Fizerem-se cúmplices
na hora da gostosa solidão
Companheiros de uma viagem
sem movimento
Cantados por uma voz pura
atingirão sua plenitude
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Neste estágio serão úteis
na construção de vidas
Transformados em ferramentas
para despertar os sonhos
Tal catavento de Quintana
Meus versos aí estarão
cumprindo sua missão !
Mas vivos na letra fria,
seguirão sempre mudos.
Ivan Cezar
Versos ao extraordinário
sente...
esse mundo cão
latindo em último som
vês,assim que digo
ilusionário doutor Bender
adormece a manhã
jovem puritano
criado nos berços
que se dizem de ouro
com escadarias
em caracol em madeira de lei
tudo polido sem som
barras acompanham
sem fazer alarde
castelos e mosteiros
completam a paisagem
estradas aqui ,parecem
estradas dali
as macieras estão presentes
em contos contados
sobre ali
ou mesmo em sonho de donzelas
ainda ,castas!?
o véu branco encobre os rostos
de quem quer ver,aquelas coisas
hoje então cão solitário
passa desapercebido
sem ser notado...
por Mateus Luciano
Diálogo Pético - Colaboradores: Ivan Cezar , Mateus Luciano
3 comentários:
Amigo Ivan,
Sua poesia não é muda, ela grita aos quatro cantos do mundo, ela emociona e contagia.
Linda, simplesmente!
É um prazer tê-lo aqui.
Ajudei com a pintura.Espero que goste.
Grande beijo.
Mateus,
Belíssima participação.
Fico feliz em tê-lo conosco.
Beijos
Ivan,
que bom que gostou.
Beijo grande, amigo.
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