O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sábado, 6 de março de 2010

Vazio profundo

Pintado por: Bravo


Deito-me
Num mar tranquilo
Num entardecer
Encarnado de uma pintura de Dali.
Salta à vista
Todo o surrealismo da cena
De um corpo disforme
Comido pelas ondas
De um mar negro
Esmagado por um universo
De estrelas cadentes
Num vazio profundo.


Bravo


E o vazio em que se encontra
esse disforme corpo
no profundo mar se perde
entre conchas e corais
e se tece de verdes algas
que lhe dão forma e cor
Nele se encontram,
o ser e o mar,
e nele se fundem.




Ianê Mello 


Colaboradores: Bravo, Ianê Mello 

3 comentários:

Anônimo disse...

Boa noite meu querido.
Amei o seu poema,gostei muito pq é o tipo de poema q nos leva ao interesse de descobrir a sua essência.
Parabéns.
Muito obrigado pela sua visita.
beijos.

Ianê Mello disse...

Bravo,

Lindo poema e pintura.
Parabéns.
Bjs.

IVANCEZAR disse...

Bravo ...
Bravíssimo !!

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