O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sexta-feira, 5 de março de 2010

Das Telas...


Eu pintaria telas, nua, e me sujaria de tinta fresca.
Depois, eu me deitaria em você,
esfregando-me em teu corpo.

Iria ao teu norte,
úmido e quente,
e me inundaria.

Ao sul de você,
faria fogo quando é frio.
E faria brisa no calor.

Subtropical,
escalando-te,
chegaria na aridez do teu nordeste
e choveria, para equilibrar-te.

Na diversidade do teu sudeste, eu seria mista.
Se pedisse água - chuvisqueiro, garoa e tempestade.
Se sol - eu brilharia.
E então, eu dormiria em cima dos nossos sonhos.
E teria sonhos bonitos.

Eu, você
e as nossas tintas,
coloridas,
cruas,
fortes,
vorazes.
Em gozo profundo,
pintaria telas,
nua,
esperando você...
Cavalgadas, êxtases, amores.
Vagar por entre temas e morrer
colhendo emoções como se fossem flores!


Maria Florჱܓ








Diálogo Poético- Colaboradores: Maria Flor




5 comentários:

Ianê Mello disse...

Maria,

que poema lindo!

Parabéns!

Bjs.

Sol disse...

perfeito!
bjs. Sol

Sandra Gonçalves disse...

Uma pintura fantastica do amor...
De amar...
Lindo.
Bjos achocolatados

Anônimo disse...

Uma belezura de postagem.
Uma obra como essa nem da para argumentar.
Parabéns.
Um beijo grande.

Maria Bonfá disse...

como sempre Flor vc me encanta com seus poemas.. são profundos..mexem com a alma de quem le.. parabens.. beijão querida

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