O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sábado, 20 de fevereiro de 2010

Solidão



















Machado de Carlos







Entre o vinho e a espada existe o sangue
que pode ser derramado por justa causa,
talvez numa mesa de bar, numa briga entre ébrios,
como uma mera defesa... matar ou morrer
ou pela das mais injustas
num duelo de egos que se contrapõe,
por uma disputa vã, por uma febre terçã
O homem e sua febre de poder, de querer dominar
Mata e morre... sem pestanejar
A vida perde o sentido
quando o que vale é o título
reservado pela arrogância
de quem  se sente menor
É sangue no balcão do bar
ou a taça de vinho derramada?
A morte está à espreita
e a vida é pra ser cuidada
Afaste a espada das mãos,
a vida vale mais que isso,
que essa disputa insana
pra ver quem tem o ego maior
O que importa o ego, afinal,
no fim de tudo viramos pó!.

Ianê Mello





Diálogo Poético - Colaboradores: Machado de Carlos , Ianê Mello


Um comentário:

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Belíssimo o soneto e tão belo o complemento! ;) Purgando ausências e "como" a-pre-cio! :D

Beijão, Ianê!

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