A minh'alma
Solitária e selvagem
Reluta dentro de mim.
.
E cada movimento,
Como em fera enjaulada,
cria-me uma cicatriz.
..
Busca o semblante morno
das auroras de verão
E padece ante o inverno,
A indecifrar-lhe situações.
.
Revestida de desalentos
Ou cercada por alegres intentos,
Solitária finge,
Solitária ri,
Solitária chora,
A caminhar.
Lice Soares
Solidão que apavora
em minh'alma que chora
a pungente dor do sentir
sem ter para onde ir
Como uma ave
que tem asas
mas não sabe voar
Este meu penar
deixa em brasas
um coração a amar
Solitária em minha dor
já não tenho o vigor
de minha juventude perdida
e não encontro saída
Asas pra que tê-las
se usá-las eu não sei
Melhor seria não vê-las
e desistir do que sonhei
Ianê Mello
Diálogo Poético - Colaboradores: Lice Soares, Ianê Mello
Um comentário:
gostei muito..
a alma é como o dom..quando aflora muito, tem que por pra fora..
bjs.
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