O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Cantiga da Estrela



Machado de Carlos


A vida faz arte com suas tintas
Colore de matizes e cores 
com seus pincéis invisíveis
Imprevisível o traço que se fará
a seguir daquela linha
Pintora aprendiz que é
pinta suas telas surreais
e para nós traça caminhos,
desventuras e espinhos
Ah! Mas pinta flores, também
e jardins do paraíso
Com sua cores, num arco-íris,
enche nossa estrada de luz
Outras, por vezes em  negras telas
nos faz habitar na escuridão
Mas como não amá-la?
Essa vida que nos foi dada
 como uma dádiva pra ser vivida
Vida boa, vida má...
A vida aí está
Cabe a nós aprendermos
a colorir essa imensa tela
Tirar-lhe o pincel das mãos
Por que não?
Não temos o livre-arbítrio?
Usemo-lo, então,
para colorir nossa vida
com as cores da paixão



Ianê Mello


Diálogo Poético - Colaboradores: Machado de Carlos, Ianê Mello

6 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia!!!
Acabei de ler o poema,ñ o conhecia.
Gostei muito.
Parabéns por tão bom gosto.
Beijos.

Sonia Schmorantz disse...

Lindo este poema, adorei ler!
beijos

Machado de Carlos disse...

Ianê,

Estou feliz ao saber que existem pessoas sensíveis, assim como você!

Obrigado pelo seu poema!

Ianê Mello disse...

Agradecemos os dois, Sonia.

Grande beijo.

Ianê Mello disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ianê Mello disse...

Machado de Carlos,

somente alguém sensível reconhece outro igual.

Também me sinto feliz em reconhecê-lo e tê-lo aqui conosco.

Agradeço pelo seu, amigo, pois ele foi minha fonte de inspiração.

Beijos.

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