ilustração: "Adão e Eva"
Fernando Botero
no dia que matei federico
um dia igual a qualquer outro
alguma coisa no meu umbigo
parece que mudou de lugar
mas o incômodo durou pouco
no dia que matei federico
um dia igual a qualquer outro
alguma coisa no meu umbigo
parece que mudou de lugar
mas o incômodo durou pouco
no dia que matei federico
fred matos
Deja Vu
Tudo que um dia vivi
vivido está e já é passado
Marcas indeléveis ou profundas
em minha memória
Meus atos impensados,
meus gestos calculados
Meus amores e desamores
O que sofri, o que sorri...
Tudo se perde na poeira do tempo
só restando a lembrança
ou uma vago deja vu,
aquela sensação meio que imprecisa
e inexata de algo já vivido
Aquela ferida aberta que sangrava
com o tempo cicatriza,
deixando, por vezes, uma marca
em nada mais dolorida
E a lembrança do que fui
se perde no que me torno
e a cada dia que passa,
dia a dia, me transformo
Ianê Mello
Diálogo Poético - Colaboradores: Fred Matos, Ianê Mello
3 comentários:
Belo poema, amigo.
Obrigada por sua participação.
Grande beijo.
a vida pode ser fria, como sugere seu poema...apesar das mudanças que ficam...
muito bom !
abs
Obrigado, Ianê: é um prazer participar. Beijos.
Agradeço-lhe o comentário, Joe: sim, apesar das mudanças... Grande abraço
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