O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.
Condimentos em demais estragam o gosto.
O ímpeto das paixões perturba o coração.
A cobiça do impossível destrói a ética.
Por isso, o sábio em sua alma
Determina a medida de cada coisa.
Todas as coisas visíveis lhe são apenas
Setas que apontam para o Invisível.
(Tao-Te King, Lao-Tsé)
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
A ROSA ENTRE IGUAIS
O coração bate outonos
Nunca mais, diz ele
A transbordar folhas
Em dilúvio, na roseira
A rosa suporta tudo
Ventos e tempestades
Em seus verdes ombros
Em seu despetalar
outra flor em botão
que se abre primaveril
Em terra fértil novos brotos
germinam de sol a sol
num eterno resplandecer
da natureza
Há memórias escritas
Em sentimentos raros
Como o sol que aquece
Pétalas soltas no cacho
Do que se chama rosa
Seu todo algo palpável
Linda canção de carmins
Violetas e jasmins,
em conviivênncia harmônica
no jardim do éden,
paraíso dos amantes
Terra que produz frutos
colhidos com mãos de afeto
Dá até para acreditarmos
Num romance de palavras
Ditas ao acaso para a rosa
Escoltada por outras flores
Mágico jardim da perfeição
Ao brilhar além dos botões
Em tonalidades arrebatadas
Ou quem sabe num buquê
ofertado à amada
de rosas encarnadas
ou de flores silvestres
numa declaração de amor natural
adornando um belo jarro
até desfolharem suas pétalas
Beto Palaio e Ianê Mello
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
saudade daqui..
lindo!
bjs.Sol
obrigada, Sol.
Grande beijo.
Postar um comentário