O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




quarta-feira, 24 de novembro de 2010





















O amor chegou
Promessas de longevidade
Onde mais coubesse
Estórias simétricas
Resumos de inventados
Afetos e carinhos.

O amor sempre chega
com a suave brisa
preenchendo espaços
endossando promessas
estreitando laços
pleno em seus contornos.
O amor ficou
No presente do futuro
Tornou-se performático
Purpurinas com elos de ouro
Foi jogado à cova dos leões
Mas vence a tudo o amor.

O amor transpõe obstáculos
cria caminhos diversos
em sua doce presença
Árvore de fortes raízes
firme em seu solo
mas livre em seu voar.

O amor passou
Com naturalidade imposta
Rápido no não ter fim
Algo diminuiu o amor
Aos sortilégios adversos
Boca de sapo, dedos de ostra
O amor nem merecia isto.

 
E sua invencibilidade
finalmente foi deposta?
Crê-se em algo poderoso
e depois se vê o fim?
Pobre dele e pobre de mim
Vivi a ilusão que caiu por terra
Agora são só cinzas
o que fogo era.


Beto Palaio e Ianê Mello

2 comentários:

Emilia disse...

Olá, gostei do blog! Lamento informar mas essa pintura não é de magritte. É a capa de um cd de uma banda chamada Funeral For a Friend, que obviamente quis fazer uma homenagem à ele, mas a obra não foi feita pelo próprio. Beijos!

Ianê Mello disse...

Agradeço sua presença e observação, Emilia.

Beijos.

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