Desalinhos, frutos da placidez, em descaso
dentro do relvado, um ninho, desnudo
sua imagem, até que venha, a sede
apenas miragem, em fortes muros, encerrada
Suas vestes algodoadas, brancas
Suas vestes algodoadas, brancas
natureza selvagem e sólida
mas dócil e contemplativa
Um belo rosto a refletir na límpida água
Serei eu ou será você nesse reflexo ?
Sitiada, sua cidadela, em corpo nu
avante, delicadamente, virá o vôoSitiada, sua cidadela, em corpo nu
de sua imaginação, o equilíbrio, narcisos
deitam à água, suavemente, em espelho
O lago, plácido e sereno
recebe essa imagem que se espelha
como fora sua própria e nela se deleita
em transparências e perfumes, brancas pétalas
Ídolo que seja, perante si mesmo, se encanta
deuses ao meio, para lá céu, para cá, água
afogados os pronomes, tu, sua, vossa, por ali
numa voracidade, que se esvai, em nunca jamais
Mitos e deuses que refletem a vida
e permeiam de fantasias e símbolos
ao apreciar simples dias mortais
Em reflexo no espelho do cotidiano
contemplo minha própria imagem
sou real e na minha condição me admiro
Beto Palaio e Ianê Mello
2 comentários:
Lindo demais, Beto!
Lindo demais, Ianê!
Vocês me encantam com essa produção...
Grande abraço!
Obrigada, amiga Zelia.
Grande bj.
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