Dias de papel, cavalo indistinto, como
haviam dito
informalmente, sobre o ódio alheio, ou
este, o nosso
assim réquiem, quinhentos ciclos de
cinamomo, ou mirra
e a parede ao redor, amarras conclusivas,
vossas almas
rédeas, caber a Deus, a sede de vencer,
eis ungido
no rudimento, idolatrias, liames que
não ferem, egos
Livre contra o vento, num chão de
nuvens de poeira
trote ritmado em cadência solar que
liberta dos grilhões
antepassados medos e,
em relva densa dispara alaridos num
choque de desvios e
devaneios
entreaberto o caminho do
meio que equilibra
tudo ao redor: amor, paixões e
a paz impera no nirvana
Um fabuloso cego, como o supõe, esgares,
vampiro ao ceder
cornucópias, bem afeitas à escuridão,
enrodilhadas
mulher, ao prêmio, assim uma máquina,
ao masculino
a delicada pele rosada, seu desespero,
ao cavalgar
hospedada, desrespeitada, carismática,
em destreza
seus desejos exaltados, fertilidade e cura,
tribos viris
Seres brancos, alados,
em vôo tal qual Hermes em
estelar viagem no infinito
perfeitos em suas formas firmes,
porém suaves
aos deuses do Olimpo se assemelham:
Ceres, Afrodite ou Zeus em sua fúria
velozes e bravos, iluminados por
um espectro de luz que subsiste a
toda escuridão do reino de Hades
anjos, arcanjos ou deuses mitológicos
reunidos numa só totalidade
Nervos saltam, músculos retesam, óleo
de unção
a nossa nudez, parenta de nossos ecos,
ardores
castanho ou baio, tudo se desmorona,
pó ao pó
os olhos, quase sempre, parte divina,
existente
em nós, cavalo alado, todas as moradas,
viúvas
caminho de fuga da lua, centauro além,
labirinto
Labirinto, Ariadne, prisioneira por amor
em meio a unicórnos, pégasus e minotauros,
nesse universo paralelo, inacessível aos
olhos dos humanos em
sua real acepção
tudo é vivo e tudo pulsa
tudo são ossos, barro, pele, secreções
tudo é ar, é sólido, se liquefaz e
se desfaz, se refaz e se transforma
se transmuta em outras formas
visiveis, invisíveis, diáfanas, opacas
tudo brilha e rebrilha e se progada
em luz , em sons
Beto Palaio e Ianê Mello
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