O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




terça-feira, 30 de novembro de 2010

Em algum lugar nenhum

                                                 Pintura de Rene Magritte


Vou
Vou partir
pra algum lugar
lugar nenhum
onde a paz faça morada
onde respire liberdade

O corpo sente
e se ressente
A alma sangra
aflita
Faz-se necessária a ida
Pois ficar
é fenecer

Vou
deixo aqui amigos
bem querer
e mal querer
é a vida....

Para os que me tem amor
agradeço
Para os que apenas
projetaram em mim
os seu próprios desejos
lamento...

Sou apenas
o que sou
nada mais


Ianê Mello

2 comentários:

Beto Palaio disse...

Belo poema... Verdadeiro... Vital... Tocante...

Ianê Mello disse...

Que bom que compreendeu.

Bj.

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