O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.
Condimentos em demais estragam o gosto.
O ímpeto das paixões perturba o coração.
A cobiça do impossível destrói a ética.
Por isso, o sábio em sua alma
Determina a medida de cada coisa.
Todas as coisas visíveis lhe são apenas
Setas que apontam para o Invisível.
(Tao-Te King, Lao-Tsé)
domingo, 21 de novembro de 2010
PALAVRAS RE PATRIADAS
(para Arnaldo Antunes)
Sentenças de carne e osso
A casa, o oficio, a oferenda
Namoro com vogais intensas
A aspirina aspira o aspirador
Todo caderno de poesia tem
Palavras para se disseminar
Ao vento relento catavento.
Dois perdidos, a alma e a matéria
A casa é sua, a nossa casa.
Atire a primeira pedra e
acabou chorare
Aqui chove pingos e razão
dá-se a quem tem
Agora ou nunca,
mal nenhum lavar as mãos
A hora do juízo final se aproxima
Justifique baby ao seu anjo da guarda
A água tem tititi de cobra
Assopra no vento um zástrás
Chuá-chuá no fogo labareda
Spit sal com gosto de sal spit
Tudo gorjeia na minha terra
Sabiá, maria-fumaça, catarro
Salva a paquera o psiu de praia
Judiaria... Larga a lagartixa
mas podeixar que onde você for eu vou
Tem sovaco de cobra e sururu na zona
Lá se vai o sarará correndo ao largo
Deixa de história e de sarro
que com minha cara ninguém troça
E viva, meu amor, que eu to voltando.
Perto da tribo de Petrópolis
O rei marimbondo e Carlinhos
De Jesus. Dançam no ganzá
Dum Faustão prá lá de chato
Inspirado no repetir eterno
Que boi agora tem saco de filó
Bocó capado engasga gato.
Arrigo Barnabé a dar com o pé
Tem furo no sapato do Itamar
Carlinhos, aquele que é brow na cor
Tem sumo de fulô pelo ar
TV, pura cultura brasileira
e vem lá o Chico na saideira
Feijoada completa para todos.
Beto Palaio e Ianê Mello
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5 comentários:
..."Um Amigo me chamou para
ajudá-lo a cuidar da dor dele.
Guardei a minha no bolso...
E fui!"...
Caio Fernando Abreu
Feliz Domingo e beijos meus! M@ria
O excesso de tudo nos prejudica.
O excesso de amor terreno
a falta de amor espiritual,
O excesso de comida, esquecendo os que não têm que comer,
O excesso de todas as bebidas,
esquecendo os que não têm água simples para beber.
O excesso de trabalho sem nexo,
esquecendo os que não têm trabalho para sobreviver.
O excesso de festas e de alegrias,
esquecendo os que nada têm.
Os excessos sempre prejudicam
O meio termo sempre ajuda,
Mas esse não é usado,
Passou a ser ancestral!
Gosto do seu blogs, muito e da
simplicidade real como está
apresentado.
Escrevo poesia, diz alguma coisa acerca de mim? Talvez não...
Mas aqui lhe deixo a minha voz!
Maria Luísa Adães
obrigada, Maria.
Caio Fernando é muito bom.
Beijos meus.
Maria Luisa,
é um prazer tê-la aqui.
Grata por deixar um pouco de si.
Beijos.
Reus,
Thanks.
Welcome.
Hugs.
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