E os dias passam, como a saudade que se alonga.
Tudo em meu redor é preto e branco. Só a grama é verde... a égua, parda... a acerola, rubra... o joão-de-barro, barro... como quando eu nasci.
Quando nasci, Deus descera de seu trono. Fora espairecer.
Um anjo alegre, brincalhão e esperto, tomou o seu lugar. Deu ordens aos mercúrios... fez serenata à Virgem... jogou água em Cristo... construiu um novo lar.
Quando Deus voltou, encontrou o Céu todo mudado. E viu que estava bom.
Quando nasci, um anjo alegre, brincalhão e esperto, veio ficar junto de mim porque Deus quis.
Mas hoje, na imensidão desta cinzenta esfera, não vejo mais o luminoso pássaro. Tudo em meu redor é preto e branco. Só a grama é verde... a égua, parda... a acerola, rubra... o joão-de-barro, barro... como quando eu nasci.
6 comentários:
Mas ainda tem cor. Gostei deste texto. Gosto de cores...
Obrigado, Paulo! Grato pela apreciação!
Grande abraço,
Belo texto, Rodrigo.
Fico feliz por sua colaboração.
Beijos.
Obrigado, Ianê! A poesia se faz necessária. Por isso continuo(amos).
Grande abraço,
Impecável, poeta amigo !
Obrigado, Cria!
Grande abraço,
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