Roy Lichtenstein
A máscara do homem não cabe no rosto da arte.
A arte pinta a vida com a tinta fresca da paixão.
Toda arte é de faz de conta.
A arte é a própria vida que se revela em artifícios.
A arte ladra e o homem passa.
A arte é dual, é sim e não, é belo e feio, ternura e desalento. A arte é lamento.
A arte é sempre bruta, pois o refinamento do homem é apenas uma quimera.
A arte cria mitos e ajuda a destruí-los.
A arte é a religião de uma humanidade laica.
Viver é a arte mais sublime.
A arte é sorte, sonho, acaso e fingimento.
Saber amar é uma arte que se aprende amando.
O absurdo da arte é diretamente proporcional à ingenuidade do homem.
A arte pode se tornar um tormento, quando a loucura extravasa além do artista.
A arte é lustro. Um bom-bril para talentos opacos.
A arte é a catarse do homem.
O homem cerca, mas a arte foge.
A arte brinca com os sonhos alheios.
A arte é uma religião onde o deus é a estética.
A arte liberta, mas pode escravizar o próprio artista em sua teia de ilusões.
A arte se apequena sempre que julgada correta e acabada.
A arte manifesta e é manifesto contido em cada símbolo que expressa.
O mistério da arte é sempre diretamente proporcional ao mistério da existência humana.
A arte humaniza e reflete a face escondida.
A arte é holística, por abranger todas as direções. Ela é definida dentro do indefinível; conceituada diante do inexplicável; defendida e, no entanto, indefensável.
O suplício na arte é vivido com glamour.
O homem mede, mas a arte escapa à qualquer medida.
A arte se traveste de cores e sombras, palavras e silêncios, símbolos e encantos. A arte é o momento do espanto.
Beto Palaio e Ianê Mello
2 comentários:
Muito lindo!
Adorei.
Parabéns, Ianê!
Parabéns, Beto!
Abraços
Obrigada, Zelia.
Grande beijo.
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