Como saciar a dor, ó Perséfone, cuja mãe é a paixão?
Não a paixão dos fracos ou dos rendidos,
Dos loucos sem loucura, dos homens sem inteligência,
[dos gênios sem sabedoria,
Mas dos bravos descendentes de Aquiles,
Dos honrosos herdeiros de Ulisses.
Como saciar a dor cuja causa é o prazer, ó Perséfone?
O prazer dos defensores, dos desbravadores, dos sensatos,
[dos justos, dos atormentados mas destemidos.
Dize, ó Perséfone, tu que foste arrancada do seio de tuas
[flores para comer romãs na eternidade,
Tu que, como Eva, foste enganada e condenada à saudade
[e ao lamento,
Dize: como fizeste para saciar a dor, ganhar a
[complacência de Hades, a generosidade de Zeus e te
[manteres viva estando morta?
RODRIGO DELLA SANTINA
4 comentários:
O desejo, a busca...Todos eles voltados a um tipo de prazer que precisamos suprimir ao longo de nossas vidas.
Belíssimo, post! amei seu blogger
♥♥ Olá, amiga!
Passei para uma visitinha...♥♥
Gostei de tudo o que vi e li!...♥
Amei mesmo!!!
♥ Bom fim de semana!
Beijinhos.
♥♥ Itabira
Minas♥♥
✿ܓܓ✿ܓ✿ܓ
Olá! Agradeço-lhes, em meu nome e em nome de Ianê, a visita ao blog. E ainda a apreciação do poema.
Grande abraço a ambas,
Eterna procura...
beijo
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