O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Enigma: Mulher



Mulher...Mergulho em si
Num universo de mistério
Nas águas de mar profundo
Coragem de ser
Buscar-se nas profundezas
Sua infinita beleza
No amor ao desconhecido 

apenas sei... 
sonoridades dos búzios...
que me contam
subtilezas...
nas mãos transporto
cores arianas....
uma mulher...
reflectida em olhares azulados 

Mulher-poema... 
Mulher eterno dilema
na busca entre o ser e o estar
Sutil delicadeza
nas ondas do mar
se perder...se encontrar 

numa oração sonhada por Dante...
em névoa ora cinzenta
gémea da introspecção...
desejada pelos Céus...
lembrada por Deus
em cada sua silhueta... 

Mulher bondade tal qual a Virgem
Mulher pecado
Como Madalena
Objecto desejado
Admirado...
Menosprezado e usado
como item de consumo fácil
Mil facetas em uma
Diversidade de sentimentos
Complexa em seu conteúdo
Nem sempre compreendida
em suas nuances...

mesmo naquelas...
que invadem a alma
do Homem
e sua herança...
de sensibilidade...


Ianê Mello/JC Patrão


Mulher......Mergulho em si,
logo...
Mulher mar
Mulher amor
...em todo o seu fulgor...
Mulher grandeza
em toda a sua beleza
No amor encontrada,
no amor deixada,
como alma perdida
nas sombras da vida...
Nas suas incertezas
procura grandezas
e neste poema
é grande o dilema...
Se Dante a cantou
na Divina Comédia,
procurou e achou...
Se é Virgem ou não
no amor a razão...
Com ou sem pecado,
é o homem culpado...
As facetas são tantas
e os sentimentos tais,
que nela encontramos
ditames reais...
Nela me confundo,
pois é Mãe do Mundo
... ... ... ...
...e nada sei mais...



Joaquim Vale Cruz





Ser mar-mulher-enigma
Abismo-silêncio e afins
Nos olhos fundos esconde
A lágrima que segurou
o filho que não vingou
a mãe, que como filha amparou

Mil em uma é a mulher
Esse ser que tem o dom
de gerar e amar a vida
que ela mesma abriga

O mundo ainda não reconheceu
A soberania que o Criador lhe deu




Mirze Souza





Diálogo Poético: Ianê Mello/JC Patrão,Joaquim Vale Cruz, Mirze Maria


 

4 comentários:

Ava disse...

Por aqui, um verdadeiro ode a Mulher!
E com sua poesia, tudo fica mais lindo!


Beijos e saudades...

Sol disse...

estamos sempre à procura do centro de nós mesmas.
gostei demais!!
bjs.Sol

fatti navarro disse...

adoro suas palavras poéticas!

bjus poéticos

Ianê Mello disse...

Agradeço à todas pela carinhosa visita ecomentários.

Bjs.

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