O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sábado, 25 de setembro de 2010

Amor de Perdição



Rene Magritte



Nuvens de folhagens       
copos de céu
em claras nuvens brancas
a paz transborda liquefeita


Pousa nas nuvens andorinhas
mensageiras de ternos verões
a vida se derrete
chove em sonhos.


No verde a esperança
que habita em nosso coração
Promessas de felicidade eterna
doces deleites do amor


A cama feita de aragens
lençóis de algodão translúcido
beijos de sol
clarividentes.


Perfumes de rosas silvestres
dos campos em flor
embelezam nosso encontro
transbordando em amor


Dentro da pétala da rosa
Descem círculos de escadas
Rumo coração, se tanto
Nosso amor revisitado.


No perfume inebriante do amor
que resvala de nossos poros
misturam-se odores de rosas
na mística sensual da paixão






Ianê Mello e Beto Palaio



2 comentários:

Sílc disse...

Lindo! Poesia e imagem!
Para você:

Rosa

Tão bela singela
Retrata vigor
Desprende sentido
No caule da flor
Tal qual um vestido
De rubro tingido
Enfeitando o amor

Descansa a rosa
não mais um botão
Suave repousa
na palma da mão.
Poema em prosa
o vermelho da rosa
É dor e paixão..

Oh! Rosa formosa
Esbelta, viçosa
de raro esplendor
Gentil, caprichosa
Exala perfume
E provoca torpor
Rosa, vermelha e amarela
Tão rosa tão bela...
Que enfeita o amor...

Priscila de Loureiro Coelho

Beijos de boa tarde, com poesia.
Sílvia

Ianê Mello disse...

Obrigada, querida.
Me desculpe só responder agora.

Lindo poema.

Bjs.

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