O que esta pintura lhe desperta?
Vamos dialogar sobre isso?
Nua ... exposta
Em meu corpo de mulher
Presa a princípios
Tolhida por preconceitos tolos
Trancada em meu próprio corpo
... minha prisão domiciliar
Traço meus próprios limites
e temo ultrapassá-los
Nasci para voar como pássaro
Mas o medo me impede
E o pássaro que em mim habita
Abre suas asas
Quer voar
Ser livre...
A imagem refletida me revela
A essência que em meu interno
por vergonha se esconde
E eu me vejo como sou
E por um breve momento
Sou pássaro.
Ianê Mello
Pássaro Encantado
Machado de Carlos
Lice Soares
No voar
Do pássaro
Existe a liberdade
Do sonho
Nestas muralhas
Onde choro
Só ouço
O lamento do corvo.
Pássaro Encantado
Amanhã verei a menina bonita?!
- Vem minha sabiá, dê-me tua coragem
Liberta-me. Seguiremos viagem...
Até quando pagarei esta vindita?
Preciso tanto de tuas asas benditas
Vencerei esta neve. Chegarei à margem
Meu pranto agora se fez mensagem
Até quando esta provação prescrita?
Como criança choro pelo teu amor
Como a planta clama ao sol pela cor.
- Não sei voar por esta noite calma.
Fito a tua foto, aumenta a solidão
Lembro os tempos azuis - Dói coração!
- Volte, pássaro. Meu encanto. Minha Alma!...
Machado de Carlos
Há, em mim, um pássaro ferido,
de asas partidas,
em sonhos de voar.
Passarinho desse tempo,
-cruel tempo-
que só consegue engaiolar.
Há, em mim, um pássaro triste
que busca força para cantar
Que se revela, a cada dia,
pássaro sedento,
no seu sonho de voar.
Espera paciente
recompor as suas asas,
elevá-las,
alçar voo
e o céu alcançar.
Lice Soares
Do pássaro
Existe a liberdade
Do sonho
Nestas muralhas
Onde choro
Só ouço
O lamento do corvo.
Bravo
"Eu tiro a roupa, não entregue à sedução
Do cisne. Eu tiro a roupa porque a dor de ser
O que sou me impele a isso. A sombra se antepõe
E me revela a obra que almejo e não terei".
Desato meus nós,
me lanço ao chão.
Em um quadro suspenso
minhas asas desenham a liberade.
"Eu tiro a roupa, não entregue à sedução
Do cisne. Eu tiro a roupa porque a dor de ser
O que sou me impele a isso. A sombra se antepõe
E me revela a obra que almejo e não terei".
RODRIGO DELLA SANTINA
Desato meus nós,
me lanço ao chão.
Em um quadro suspenso
minhas asas desenham a liberade.
E assim em fulgurante sono, flutuo...
Sandra Botelho
Sandra Botelho
Asas
Sempre foi livre esse meu amor
E mesmo assim nunca partiu
Nas linhas do horizonte se despiu
Não havia saudades
Só a sombras das tuas curvas
E as asas dos teus desejos
Se abriu
E nelas me ancorei e sou
Servil
Ulisses reis®
Diálogo Poético - Colaboradores: Ianê Mello, Machado de Carlos,
Lice Soares, Bravo, Rodrigo Della Santina,Sandra Botelho
20 comentários:
ah liberdade!! ainda que refletida numa pedra bruta..
asas sempre abertas, coração sempre fechado..
a nudez revela a entrega..
ensine-me a voar..e eu te ensinarei a amar!!
bjs.
Mais uma postagem? Vai como o vento: subindo e subindo... Verei que posso compor para esta imagem. Por ora deixo-lhes uma pequena contribuição acerca da pintura de Magrite na postagem concernente.
Abraços,
No voar
Do pássaro
Existe a liberdade
Do sonho
Nestas muralhas
Onde choro
Só ouço
O lamento do corvo.
Beijos
Gostei muito deste diálogo...
Vou voltar para ler com mais atenção; posso???
Beijos e abraços
Marta
E eu, cativo de mim mesmo pelas grades crueis das opiniões sociais, vou tentando aos poucos sair dessa caverna platônica.
Beleza de poema!
Lindas escolhas dos poemas, minha cara (especialmente o seu!)! Sobre "o que essa pintura me desperta": primeiramente, foi inevitável lembrar do clássico "Os Pássaros", de Hitchcock! Mas, passado o susto, deu uma sensação de que o pássaro é a consciência da moça em busca de uma libertação (a nudez...)! Muito bom, gostei do jogo e do diálogo poético, para béns! Abração e apareça!
Obrigada à todos pela participação e comentários.
Voltem sempre.
Grande beijo.
Marta,
seja bem-vinda.
Venha sempre que quiser.
Beijos.
Aos amigos colaboradores os meus parabéns pelos lindos poemas.
Grande beijo à todos.
Um recanto interessante, que merece ser seguido e lido sempre.
Meus cumprimentos a sua iniciativa, e tem poeta aqui bem conhecido o Machado de Carlos, que eu sou admiradora a muitos anos.
Efigênia Coutinho
in New York
Desato meus nós,
me lanço ao chão.
Em um quadro suspenso
minhas asas desenham a liberade. E assim em fulgurante sono, flutuo...
Bjos achocolatados!
Quero parabenizar a todos pelos poemas e pelo ímpeto poético. Deixo, esperando contribuir, minha pequena parte poética.
Abraços,
Dilberto,
seja bem-vindo.
Interessante a lembrança a do filme "Os Pássaros", de Hitchcock.
Muito boa sua interpretação do p-oema.
Agradeço pelos comentários.
Abração.
Efigênia,
obrigada pela visita e comentários..
Seja bem-vinda e volte sempre.
Beijos.
Sandra,
lindo seu poemeto.
Obrigada pela presença.
Bjs
Rodrigo,
agradeço pelo comentário e aguardo sua contribuição.
Fique à vontade.
Bjs.
Sim, minha cara, como disse, já contribuí, neste tópico e no do Magrite.
Depois vc me diz como incluo ou se é somente as propostas novas que devemos interagir, mas escrevi isot, veja se gosta sobre a imagem, te agradeço, beijos !!!
Asas
Sempre foi livre esse meu amor
E mesmo assim nunca partiu
Nas linhas do horizonte se despiu
Não havia saudades
Só a sombras das tuas curvas
E as asas dos teus desejos
Se abriu
E nelas me ancorei e sou
Servil
Ulisses reis®
Ulisses,
lindo poema.
Pode interagir à vontade.
Já estou postando para você.
Pode propor postagens também, iniciando-as.
Um abração.
Ianê, cheguei aqui através do blog da Maria. Senti um enorme prazer em poder ler os seus trabalhos e dos seus amigos poetas também. Tudo muito legal! Vcs estão de parabéns!!
Com carinho.
Glória
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