Eu canto,
porque não quero chorar.
Não sou, como Cecília, poeta
Não sei o instante cantar
nem perpetuar.
.
Mas, eu canto,
Porque o meu canto
me ajuda a esquecer
Quão triste vive o mundo
Que não sabe mais cantar.
.
Eu canto, porque não sou alegre,
Mas, triste também não sei ficar.
Eu canto porque já passou
O meu instante de chorar.
.
Então, eu canto.
Para mim, para ti,
Eu canto,
Enquanto ainda possso cantar.
Lice Soares
..
Eu faço versos como quem chora
de desalento… de desencanto,
de nostalgia… alguma dor.
Mas, se como agora,
não há motivo nenhum de pranto,
em cada sílaba eu canto amor…
.
Também meus versos são emoção,
riso, ventura, volúpia ardente,
saudade ausente, esparsa paixão;
Deixo então no verso o meu calor,
desejo insano, sempre presente
e em cada sílaba eu canto amor…
.
Mas nos meus versos de rima louca,
há um estranho gosto que me excita.
De verso em verso a vida corre.
Mas se o destino se engana, ou se dormita,
e colhe antes do tempo uma flor,
eu sinto um acre sabor na boca
e faço versos como quem morre
em cada sílaba eu canto a dor!
de desalento… de desencanto,
de nostalgia… alguma dor.
Mas, se como agora,
não há motivo nenhum de pranto,
em cada sílaba eu canto amor…
.
Também meus versos são emoção,
riso, ventura, volúpia ardente,
saudade ausente, esparsa paixão;
Deixo então no verso o meu calor,
desejo insano, sempre presente
e em cada sílaba eu canto amor…
.
Mas nos meus versos de rima louca,
há um estranho gosto que me excita.
De verso em verso a vida corre.
Mas se o destino se engana, ou se dormita,
e colhe antes do tempo uma flor,
eu sinto um acre sabor na boca
e faço versos como quem morre
em cada sílaba eu canto a dor!
Albino Santos
Profundas nossas palavras
que gotejam emoção
como se fossem lavas
de um vulcão em erupção
Viscerais e pungentes
arrancadas de nossa alma
Sentimentos tão urgentes
que necessitam de expressão
e não ponderam a calma
O papel é o veículo
para nossa exortação
O instrumento precípuo
à nossa liberação
Súplicas podem ser
e urgem serem ouvidas
a quem as quiser ler
para que sejam sentidas
Gritam eloquentemente
saltando aos olhos de quem lê
Não há de ser mansamente
que expressaremos o sofrer
Seremos por isso dementes
estando sempre a mercê
de críticas incoerentes?
Nos sabemos loucos
como bem disse Quintana
Nos importarmos pra quê?
Se nossa mente é insana,
a lucidez ... é pra poucos
Ianê Mello
Diálogo Poético - Colaboradores: Lice Soares, Albino Santos, Ianê Mello
2 comentários:
Maravilhoso seu cantar, minha amiga!
Parabéns!
Beijos.
Albino,
você fizeram um belíssimo dueto.
Parabéns aos dois.
Beijos.
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