Van Gogh
Tenho a alma vazia de ti
neste hálito que ainda te respira.
Aguarda-me!
Voltarei voando em forma de sonho
como poesia oculta num beijo que parte,
derradeiro.
Brotarei das constelações e dos céus
na discreta eloquência do silêncio.
Nos olhos já cansados, verás um sinal de fogo
para que me distingas na noite entre os pirilampos.
Aguarda-me!
Quero voltar a sonhar nos teus braços…
Albino Santos
Albino Santos
Nesse céu azul de estrelas
a cintilar como cristais
Fixo meus olhos para melhor vê-las
e imagino seus sinais
Cada uma a cintilar
corresponde à um desejo
Minha imaginação a criar
tudo aquilo que almejo
As lágrimas em meus olhos
sinto quentes a brotar
Quando vislumbro meus sonhos
nesse céu a iluminar
Ianê Mello
Eu te vejo daqui debaixo
e espero um escorregão teu
no céu que brilha claro aí em cima
enquanto reflito tua luz no lago meu...
...assim que caíres em tua graça, ou simples-
mente enjoar do ar daí, minhas águas aqui
se ajuntam para amortecer a tua queda
como alguém já o fez comigo quando caí.
Lara Amaral
e espero um escorregão teu
no céu que brilha claro aí em cima
enquanto reflito tua luz no lago meu...
...assim que caíres em tua graça, ou simples-
mente enjoar do ar daí, minhas águas aqui
se ajuntam para amortecer a tua queda
como alguém já o fez comigo quando caí.
Lara Amaral
Tremeluzem amarelos no
anil [ou lápis-lazúli].
Chovem outonos do
Céu.
Marcelo Novaes
7 comentários:
Chegando pra conhecer...
volto com calam pra comentar.
Bjins entre sonhos e delírios
Ianê
Estou seguindo este diálogo poético e qualquer dos temas está perfeito.
Neste post, não para fazer diálogo porque não quero fazê-lo, por certo que irão aguardar para voltarem a sonhar.
Tenho umas letras que alinhavei já há algum tempo, que poderão ter por titulo
ESQUECE-ME
Quando hoje te pedi
que se entendesses não mais me querer,
que num postal escrevesses,
que apenas me escrevesses;
não vale a pena,
eu não sabia sequer o que pedia.
Porém, compreendi-o à partida
no adeus que me fizeste
e ao sentir no beijo
sem amor
que tu me deste,
o amargo sabor, o travo agreste
dum beijo de adeus e despedida.
Depois,
ao entrar nesta casa vazia
olhando as paredes nuas
deste quarto,
revi o tempo que vivi
e assaltou-me a raiva
desses tempos que perdi
vivendo a quatro.
Mas se algum dia chegares a ler
estas linhas que escrevi
e se alguma coisa de nós,
em ti,
ainda te restar,
não me recordes,
isso é de loucos.
Pois recordar não é viver
é ir morrendo aos poucos.
Ianê, eu era para ter colocado no comentário do Labirinto, mas o dialogo está tão bom, que não fazia sentido colocá-lo lá.
PAZ e LUZ no seu caminho
Akhen
Lindo poema!
Já está lá postado.
Escolhi uma imagem. Veja se gosta.
Coloquei na categoria de Diálogos Poéticos.
Obrigada pela participação.
Preciso de seu e.mail para cadastrá-lo e você passar a ser um colaborador do blog.
Paz e Luz!
Resolvi escrever sobre esta tela, pois Van Gogh é o meu preferido.
Só que não consigo deixar o espaço que eu gostaria entre os versos. Pois acabou que entre um parágrafo e outro ficou um espaço maior. E meu nome tbm, ou ele fica colado à última linha, ou fica muito longe, não consigo deixar só um espaço.
Se alguém souber como faz...
Beijos.
Larinha,
ficou lindo o poema.
Estou super feliz em tê-la aqui.
Pode deixar que faço os acertos.
Obrigada e vamos continuar a sonhar...
Beijos.
Que lindo conseguiste dizer em poucas palavras, Marcelo!
Marcelo,
linda tua participação, amigo.
De extrema sensibilidade.
Sintetisaste bem a pintura de Van Gogh.
Beijos.
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