O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




domingo, 17 de janeiro de 2010

A Natureza e o Homem

Gostaria de propor uma reflexão sobre esse verso.
Podemos iniciar uma " Poesia Interativa ", quem sabe?
Ou para quem estiver muito inspirado o início de um belo " Diálogo Poético".

Vamos começar...


















"Há um prazer na floresta sem trilhas,
Há um êxtase na margem deserta,
Há sociedade onde ninguém se entromete.
No mar profundo, Há música no seu refúgio.
Eu não amo o homem menos, mas a Natureza mais!"



Lord Byron


.
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Não poderei eu ignorar
a fome da humanidade,
o caçador faminto.
Mas, não posso aprovar, na floresta,
a presença do fazedor de gritos aflitos.
Nas profundezas da mata, há um canto triste,
que ecoa a cada humano pisar.
Sonhei eu, então, com florestas sem trilhas,
onde o homem não penetra,
onde os riachos caminham, as aves felizes cantam
e o sol, eternamente, brilha.

Lice Soares

sonho ser bucólico e me acabar em pó
que pousa sobre a era dos tempos
cresce verde musgo bruto na consciência humana
e verte do regato o som de muitas almas
alagam o vale dos sentidos na sequidão do mar
deixo viver, morrer, estar

Felipe Carriço

Em perfeita comunhão com a natureza,

vez que filha dela eu sou,
busco desfrutar das belezas
e preservar suas riquezas
à ela me integrando com amor.
Nas profundeza de suas matas
me perder eu quereria
para encontrar no silêncio
minha essência natural ,
que dela provêm,
meu instinto animal.
Nela, o meu refúgio,
em seu verde manto,
sob o azul celestial,
repousar meu humano corpo
sentindo sua energia pura
a penetrar por meus poros.
Fundir-me à ela, entregue,
em profundo êxtase e gozo,
resgatar o humano em mim.

Ianê Mello

Tanto mal fizemos a esta Humanidade,
pois quando a contemplo bem suspeito
que tomados por colectiva insanidade
se ache bem o mal que se tem feito.

.O que era belo, já não tem beleza,
tudo se consome sem amadurecer
e, ferida de morte a própria Natureza
se vai definhando até apodrecer...
.
Em tal vergonha se tornou este tormento,
que, não me envergonhando de ser gente,
de viver neste mundo me envergonho...
.
E se ninguém quer ouvir o meu lamento
vejo eu, cada vez mais claramente,
que reparar este mundo... só em sonho!

.
Albino Santos



Diálogo Poético - Colaboradores: Lice Soares / Felipe Carriço/ Ianê Mello/ Albino Santos

6 comentários:

Otelice disse...

Ianê,
Está aí a minha reflexão sobre o texto de Lord Byron. Espero que goste.
Bjs.

Ianê Mello disse...

Lice,


belíssima reflexão, querida.

Depois darei seguimento.

Beijos.

Ianê Mello disse...

Felipe,

é isso aí... e vamos continuar nosso dálogo.

Muito bom!

Bjs.

Ianê Mello disse...

Albino,

Adorei sua colaboração.

Lindo poema!

Dê uma olhadinha nas postagens.
Vamos comentar...


Beijos.

Ianê Mello disse...

Albino,

Adorei sua colaboração.

Lindo poema!

Dê uma olhadinha nas postagens.
Vamos comentar...


Beijos.

A.S. disse...

Ianê Mello... Bela a tua poesia!

Natureza... teu refúgio
onde repousas tua essência
natural...

"Fundir-me à ela, entregue,
em profundo êxtase e gozo,
resgatar o humano em mim."


Em comunhão perfeita
tu e a Natureza
onde o desejo se deita...

Beijos
AL

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