O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.
Condimentos em demais estragam o gosto.
O ímpeto das paixões perturba o coração.
A cobiça do impossível destrói a ética.
Por isso, o sábio em sua alma
Determina a medida de cada coisa.
Todas as coisas visíveis lhe são apenas
Setas que apontam para o Invisível.
(Tao-Te King, Lao-Tsé)
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
ESQUECE-ME
Quando hoje te pedi
que se entendesses não mais me querer,
que num postal escrevesses,
que apenas me escrevesses;
não vale a pena,
eu não sabia sequer o que pedia.
Porém, compreendi-o à partida
no adeus que me fizeste
e ao sentir no beijo
sem amor
que tu me deste,
o amargo sabor, o travo agreste
dum beijo de adeus e despedida.
Depois,
ao entrar nesta casa vazia
olhando as paredes nuas
deste quarto,
revi o tempo que vivi
e assaltou-me a raiva
desses tempos que perdi
vivendo a quatro.
Mas se algum dia chegares a ler
estas linhas que escrevi
e se alguma coisa de nós,
em ti,
ainda te restar,
não me recordes,
isso é de loucos.
Pois recordar não é viver
é ir morrendo aos poucos.
Akhen
Você se foi e eu senti
num breve espaço esse adeus
e aos poucos me perdi
em devaneios só meus
Os dias foram passando
e de minha lembrança
você foi se afastando
e eu segui... me amando
Só comigo mesma aprendi
que o verdadeiro amor
é muito mais do que senti
Nele não cabe a dor
Hoje sigo meu caminho
procurando me encontrar
e sei que se estar sozinho
é uma forma de se amar.
Ianê Mello
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Akhen,
muito lindo seu poema.
Obrigada pela participação, amigo.
Paz e Luz!
Postar um comentário