que estás sentado no alto de tua glória
perambulando séculos após séculos
terra a dentro, sem descanso
onde tuas mãos já calejadas
afagam este ser chamado eu
e a aspereza de teu toque
revela-me cada vez mais a calva
escondida em meio ao branco dos dias
nos encontramos apenas uma vez
onde me compraste teu escravo
servo de teus desejos rancorosos
e desde então em teu capacho durmo
recolhendo as migalhas que escapam
dos teus pés pequenos e atarantados
peço-te que por favor pare
e me dê um pouco de atenção
Bom, desta vez eu proponho o desafio.
Continuem esta carta com seus conceitos sobre o tempo.
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Quero te falar de tudo que não vivi
por tua pressa contínua em me arrastar pra longe
Em cada momento passado a ti ancorado
como escravo sem opção, sem escolha
Teria te pedido em alguns momentos
que parasses de passar
e me deixasse ficar nesse contentamento
No entanto, noutros te pediria
que voasses à outro dia
me tirando a aflição da espera
Tempo...tempo...tempo...
Quem me dera
Ter tido mais tempo do que tivera
quando contemplava as estrelas,
a calmaria do mar,
os bosques em flor
Te pediria, que sem pressa
me entregasses ao amor
e me deixasses ficar
nos braços do amado
E passas sem piedade,
sem se importar
Tempo, por favor, te peço,
me dê mais tempo para amar
por tua pressa contínua em me arrastar pra longe
Em cada momento passado a ti ancorado
como escravo sem opção, sem escolha
Teria te pedido em alguns momentos
que parasses de passar
e me deixasse ficar nesse contentamento
No entanto, noutros te pediria
que voasses à outro dia
me tirando a aflição da espera
Tempo...tempo...tempo...
Quem me dera
Ter tido mais tempo do que tivera
quando contemplava as estrelas,
a calmaria do mar,
os bosques em flor
Te pediria, que sem pressa
me entregasses ao amor
e me deixasses ficar
nos braços do amado
E passas sem piedade,
sem se importar
Tempo, por favor, te peço,
me dê mais tempo para amar
Para correr atrás do tempo perdido,
gasto inultimente, seu juízo
Tempo para recuperar as perdas
Tempo para me reencontrar
Tempo...tempo...tempo...
liberte-me do meu penar.Ianê Mello
Sim, precisas escutar-me.
Há no meu desejo,
que tu indiferente açoitas,
desconhece e ignora,
o querer ser e estar.
E em tua direção caminha
tudo aquilo que traço,
à espera do teu chegar.
.
Mas, pois, no meu tempo de
espera por ti,
Não estou eu a ti mesmo
a esperar?
Não estou eu, sempre, a te
rogar?
Escuta-me, portanto, e vem.
.
Contudo... vem
com mãos dispostas a afagar.
A plantar rosas, não somente
os espinhos.
A cantar canções, não semear
solidão.
Vem, afetuosamente vem
dá-me chance de sorrir e cantar!
.
Espera-te as minhas mãos a acenar,
Busca-te os meus olhos cansados de chorar.
Em ti está a minha esperança de alcançar
além de ti, o meu sonhar.
Refrigera-me, pois,,
ameniza o meu caminhar.
Lice Soares
Diálogo Poético - Colaboradores: Felipe Carriço, Ianê Mello, Lice Soares
6 comentários:
Felipe,
Excelente proposta, adorei.
Já dei continuidade e postei uma pintura de Dali...perfeita para o tema.
Beijos, amigo.
Parabéns, Felipe e Ianê. Este espaço, a cada instante, vai se fazendo jardim de almas belas a cantar. Sinto-me, humildemente, encantada por também estar aqui, por ter essa chance de participar.Obrigada.Bjs.
Lice,
também estou achando maravilhoso e tenho prazer em estar e que estejam todos aqui.
Grande beijo.
No tempo eis que despertamos, ou somos deespertados por referências tão lúdicas quanto ilusórias.
Cadinho RoCo
Cadinho Roco,
fico feliz por sua visita.
Bjs
Quantos selos serão necessários?
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