Raça de cães maltrapilhos
Que se erguem das cinzas
No meio da neblina
De uma selva nua.
Subjugando
O ser humano
A uma vida escrava.
Deixando somente
Restos mortais
De um sonho de liberdade.
Que se erguem das cinzas
No meio da neblina
De uma selva nua.
Subjugando
O ser humano
A uma vida escrava.
Deixando somente
Restos mortais
De um sonho de liberdade.
Bravo
Raça de cães, andarilhos,
Homens-cães, tanto faz
Ora usam da força física
ora subjugam na mente
de um ser [in]defeso
mulher, normalmente,
a inocência tão somente.
Ferem a psiquê, tolhem
com técnicas, sem éticas
E derrubam, ACABAM
com um ser, podres raças
que erguem uma taça ao
prazer de ver no outro
já subjugado, o sofrer.
Mirze Souza
O desvio
Eles eram milhares, uns sobre outros, com aquele escuro pesado dentro dos olhos. As ruas estavam tomadas, os sorrisos tomados, as possibilidades...
Passei calado com uma poesia escondida sob a pele, lentamente para que ela não acordasse ali. Eles me viram mas não sabiam meu desvio. Não puderam entender que guardo mundos, que arrisco minhas noites em rima e verso. Isso é muita estrada para o nada que carregam por dentro. Tomei a primeira esquina e saí...
Adiante, retirei do bolso uma luz já meio apagada e colei-a no céu para virar lua acesa. Ficou metade viva apenas, amarrotada de tanto esquecimento, mas era ainda uma lua que se via. - Pronto, a humanidade tem meia luz para uma chance. Do outro bolso puxei um velho sonho e o deitei em algum lugar. Dormi dentro dele e apaguei as chaves que retornavam... mas lá fora deixei a lua para guiar outro desvio.
Ricardo Fabião
Víboras peçonhentas
Mal amadas e ressentidas
Que na fraqueza dos que oprimem
Se fortalecem sem ver virtudes.
Na lágrima amarga da ilusão
Forjam o sorriso enganador
E enganam as dores que sentem à noite
Na solidão que lhes cobrem os rostos
Sugando o sangue dos que lhes beijam.
Mal amadas e ressentidas
Que na fraqueza dos que oprimem
Se fortalecem sem ver virtudes.
Na lágrima amarga da ilusão
Forjam o sorriso enganador
E enganam as dores que sentem à noite
Na solidão que lhes cobrem os rostos
Sugando o sangue dos que lhes beijam.
Jairo de Salinas
Diálogo Poético - Colaboradores: Bravo, Mirse,Ricardo Fabião, Jairo de Salinas.
8 comentários:
Que esses cães morram de Raiva. Bjos achocolatados
Parabéns, poeta Bravo!
Versos fortes, emocionantes, que dão um necessário recado...
Um forte abraço
Víboras peçonhentas
Mal amadas e ressentidas
Que na fraqueza dos que oprimem
Se fortalecem sem ver virtudes.
Na lágrima amarga da ilusão
Forjam o sorriso enganador
E enganam as dores que sentem à noite
Na solidão que lhes cobrem os rostos
Sugando o sangue dos que lhes beijam.
Os deuses são muitos, estão por aí e são terríveis;
Talvez sejam centenas, milhares, milhões;
E com certeza poderosos, belos, e horríveis...
Também por muitos amados, odiados, heróis e vilões.
UM ABRAÇO AOS COLABORADORES E A TI ZÉLIA, PELA CRIATIVIDADE, BELEZA, E SENSIBILIDADE EMANADA.
Minha linda estou com saudades de ler vc no meu Blog e quero muito que me ensine a postar aqui, pois me confundo, para postar esse dialogo poetico, que AMEI participar, beijos linda quarta!!!
Os deuses são ciumentos....
Castigam, impiedosos...
Proteger a verdade que soa no coração....
A razão da vida nesse deserto a que, por vezes, o mundo se assemelha....
Beijos e abraços
Marta
Gostei dos textos. Gostei da prosa, meu caro Ricardo.
Abraços,
Amigos colaboradores,
simplesmente brilhante essse diálogo; me emocionei de verdade.
Parabéns à todos.
Fico feliz por estarem aqui.
Grande beijo.
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