O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




quarta-feira, 14 de abril de 2010

Espírito de Vida




















Sirva-se de um copo
E beba
Saboreie a dor
Do ser
Cuja memória
Não se apaga
Num futuro distante.
Na sombra
Que se esvanece
Na pura luz
Nasce
O espírito da vida.


Bravo 


E quando a vida se desprende
do espírito, da luz
Começa um ciclo onde se aprende
Que a vida traz dor e traz amor
Rompe-se a cápsula
Da razão. Existir, viver e ser
Fazer da vida um caminho.
onde os rastros serão sempre ninhos
de um novo amanhecer.

Mirze Souza





Diálogo Poético - Colaboradores: Bravo, Mirze Souza







7 comentários:

Anônimo disse...

aprecie
e sinta
a degeneração
humana
e poucos predicados
farrapados
desencoraja seu puro
desejo
deseja
que eu não deseje mais...

Tania Anjos disse...

Mirse,

a vida quando não dói,

faz cócegas.

Quando não faz nem uma coisa nem outra, é morte.

"Me pegou de jeito" este poema.

Bravíssimo!

Zélia Guardiano disse...

Lindo, Mirse!
Versos que vão chegando veludo, mas depois deixam na alma, marca
indelével...
um abraço

Beeh M. disse...

A verdadeira grandeza é encontrar meios de sobrevivência na escuridão, adaptar-se às mudançar e destes caminhos pernoitar em felicidade.
Amo estes posts, tanto quando amo o Japão.

Srtª Bêêh sz

Sândrio cândido. disse...

humanos, que bom sermos demasiados humanos.

Otelice disse...

Belíssimo poema.
Parabéns, Mirse.

Ianê Mello disse...

Parabéns, Bravo e Mirse, pelo belo diálogo.

Beijos.

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