O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sábado, 17 de abril de 2010

Livre Arbítrio ou Destino






Poderia ser o que quisesse
ou parte de meu destino
já estava traçado?
Quem sabe "escrito nas estrelas" ?
Até que ponto vai meu livre arbítrio?
Minha vida é o que dela faço
ou não depende das linhas que traço,
dos caminhos que percorro,
das atitudes que tomo ou deixo de tomar.

A vida é uma incógnita...
Surpreendente e por vezes incompreensível


Qual o meu lugar nesse mundo,
O que aqui faço e para que aqui estou?
Se aqui não estivesse  a terra continuaria  a girar
As flores a brotar, o sangue a ser derramado
Os corações a amar e a embrutecer
Qual o meu papel, minha função no caos 
que por vezes se instala
Cruzar os braços e ver desmoronar
sei que não consigo

Quero e necessito de Paz
Mas que poder tenho de mudar o " status quo"?

Que poder eu tenho???

Quantas andorinhas me acompanhariam nesse voo?


Ianê Mello


A Reencarnação

A alma sofria nos charcos dos umbrais,
Era casulo: - Ovoide perdido!
Não havia norte para os sentidos...
Em suma: - A morte das mortes mentais!...

O amor chegou com ondas desiguais...
A alma gemelar sofria sem ruídos...
Deus ouvira todos os seus pedidos:
E a Lei se fez ouvir em tempos reais!...


O envoltório vem... Vive... E Envelhece...
O cerne de veludo é tua veste!
O tempo inoperante é ilusão!...

Vivamos o amor neste presente,
Ele é fonte de luz onipotente;
Sem ele o retorno é a solução!

Machado de Carlos







Diálogo Poético - Colaboradores: Ianê Mello, Machado de Carlos



11 comentários:

Anônimo disse...

Questionamentos que levaram a um poema belíssimo! Gostei muito, Ianê.

Beijo.

Emilene Lopes disse...

Lindo Poema!
O que seria de nós sem essa poesia pra ler? Me questino também!
Bjs
Mila

Leonor Lourenço disse...

Questões pertinentes, mas tão , tão complexas....
BJ

Renata de Aragão Lopes disse...

Eis a questão...

Beijo,
doce de lira

Ianê Mello disse...

Lara, Mila e Leonor,

ficom feliz com a presença e comentário.

Grande beijo.

Ianê Mello disse...

Machado,

lindo diálogo.

Belísimo soneto!

Beijos.

Anônimo disse...

Me agrada suas postagens,por vezes me sinto nelas.
Parabénssssssssssssss.
Um beijo grande.

Zélia Guardiano disse...

Parabéns, Ianê!
Belíssimo!
Tenha um lindo final de domingo!
Abraço

Rívia Petermann disse...

Ei

Incrível ter encontrado este blog!oesia comtemporânea,a maravilhosa...

Achei iteressante as questões expostas "Até que ponto vai meu livre arbítrio?"Quanto mais penso,chego à conclusão de ue este nos tem sido tirado,aos poucos,sem pudor.Livre manipulado,e já não nos pertence...

No soneto "Em suma: - A morte das mortes mentais!..."extremamente perfeito!

Beijos!

Ianê Mello disse...

Renata,

fico feliz por sua presença.

Questão complexa, não?

Bjs

Ianê Mello disse...

Perola e Zelia,

fico feliz que tenham apreciado os poemas e o diálogo.

Obrigada pela visita.

Bjs.

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