As fotografias falharam
ao abordar as diversas maneiras
de sentir um beijo.
As manifestações coloridas
transformaram o amor
em um objeto perceptivo.
Falharam as telas dos grandes pintores
de apreender o calor dos corpos
em plena paixão.
As formas
encontradas nas tintas não penetram
nos sentimentos.
O amor tem seus inúmeros significados
sua própria semântica,
que somente o coração
traduz com fidelidade.
Falharam as esculturas
ao tentar traduzir a respiração ofegante
dos corpos depois do prazer satisfeito.
Somente o corpo pode traduzir
a textura e a umidade
de outro corpo com felicidade.
No exercício da busca pela perfeição
o artista procura sempre nas artes
o significado sensorial que sua alma sente.
Marcello Lopes
Diálogo Poético - Colaboradores: Marcello Lopes
7 comentários:
SEM DÚVIDA ... PROVAVELMENTE SEUS VERSOS DEBELEM A FRONTEIRA INVISÍVEL DO MUNDO SENSORIAL COMUM E DO MUNDO VISTO PELO ARTISTA.
Marcello
Você fala de dois mundos paralelos, como bem diz o Ivancezar. Seu poema , lindíssimo, tem muito de " feijão e de sonho"...
Parabéns!!!
Um abraço
Excelente o seu texto. Tudo é tentativa, aproximação, similaridade. A essência (o essencial)é invisível aos olhos tolos.
Parabéns!
Por mais que se tente nada pode definir o amor.
Belo poema.
Beijos.
isto mesmo, todos falharam menos aqueles que intensamente sentiram.
minha primeira vez neste espaço e eu ficarei mais.
saudações
Marcello, ter sua participação aqui só enriquece mais este espaço.
Que bom vê-lo neste blog coletivo que só cresce a cada dia.
Beijo.
Ivan - meus poemas servem exatamente pra isso.
Zélia - Muito obrigado pelas palavras
Jairo - Obrigado, a aproximação deve muito ao desejo.
Ianê - Obrigado pela oportunidade
Poeta - Volte sempre
Lara - Obrigado pelo apoio constante, comentários poéticos e pelas indicações, sem você não escreveria aqui. Beijos
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