O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




domingo, 11 de julho de 2010

Cadê?



Viste, por aí, passar um canto?
Saiu daqui apressado,
Cruzou a porta alongado,
Dizendo buscar o mar.

Alguém viu, por aí, um canto
Magnânimo, embevecido,
Cheio de encantos coloridos,
Lançando flores, colhendo sorrisos?

Quem viu o canto encantado,
Amigo das almas, acalento dos prantos,
De mãos macias e doce cantar
Que vive buscando corações afagar?

Tragam-me, aqui, este canto bordado,
Em flores guardado,
Em rochas incrustado,
Buscado, rasgado,
Nos corações dos poetas.


Otelice Soares





7 comentários:

Lou Albergaria disse...

Que poema lindíssimo!!!

Muitas vezes eu me questiono se realmente eu sou poeta ou , na melhor das hipóteses, se sei fazer poesias. Mas se o desassossego da alma for um critério para SER POETA, nesse quesito passo com louvor.

Adorei seu poema, pois me vi nele...

Beijos!!!

Marcelino disse...

Um cantp passando alongado por uma porta em busca do mar. Dá até pra visualizar tua ideia, otelice. Parabéns!

Otelice disse...

Obrigada, Lou; obrigada Marcelino.
É isso aí, vamos atrás desse fujão.
Bjs.

Zélia Guardiano disse...

Muito lindo o teu poema, Lice!
Muito lindo!
Como tudo que escreves...
Enorme abraço!

Otelice disse...

Obrigada, Zélia.
Abraços.

Ianê Mello disse...

Belo poema, Lice.
Prazer te ter aqui conosco.

Beijo imenso.

(CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

Eu também quero ouvir esse belo canto. Beijão

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