O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




terça-feira, 20 de julho de 2010



A DENGOSINHA

Toda Capitu peca.
Ardente beleza.
Em divindade.
Mas tinha de ser.
Ela lá e eu cá.
Pois a dengosinha
Na luz da manhã
Não era minha.
Nem haveria de ser.
Pois ela inventava.
Nua inteirinha.
Linda e charmosa.
Um jeito de ser.
Beleza só dela.
Em ledo descaso.
Na primitiva moda.
Às pétalas doar.
Inteiramente nua.
Tal Eva no paraíso.
E eu o que faço?
Imagino dela ser.
Todinha minha.
E neste imaginar.
Sonhei acordado.
E acordado estou.
Sem a dengosinha.
Nem ninguém.
Que a substitua.
Nesta terra.
De ninguém.


(Beto Palaio)

3 comentários:

Chris B. disse...

Adoro estas palavras: Ser, Tua, Minha.. são intensas e belas para o poema que ficou divino!

Feliz dia do amigo,
Beijo

Ianê Mello disse...

Beleza de contribuição, amigo. Valeu!
Lindo poema. Bjs.

Anônimo disse...

Essas mulheres são uma loucura amado.
Um beijo grande e feliz dia do amigo.
Beijokas.

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