O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sábado, 22 de maio de 2010

Muita vez sou obscura




O sol matutino
Perfura
Minh'aura
Perfura
Minh'alma
Tentando
Alcançar-me
O âmago

Quando
O atinge
Finge
Um erro
De rota
E volta:
Medo da treva
Que encontra

Evita o confronto
Teme a derrota


Zélia Guardiano



Sombra

Sou lua nova
No beco
Sou sombra
Aquilo não visto
Parece que existo
Mas sou miragem
De olhos
Cansados
Nas noites vazias
Alucinação
Vadia
De uma ilusão
Daquele que tem
Solidão

Ulisses Reis®



Diálogo Poético - Colaboradores : Zelia Guardiano, Ulisses Reis



5 comentários:

Milhita disse...

Gostei muito, deixo aqui um abraço pelos sentidos despertos que aspirei

Anônimo disse...

Gostei do seu poema, minha cara Zélia. Ficou bom.
Grande abraço,

Chris B. disse...

Medo?

Que lindo, Zélia!
Adorei imenso o poema...
Um beijo e obrigada por nos brindar com tanto talento!
Pat.

Ianê Mello disse...

Parabéns, Zelia!

Bjs.

Batom e poesias disse...

Lindo poema de Ulisses, mas me identifiquei demais com o poema da Zélia:
"Medo da treva
que encontra
Evita o confronto
Teme a derrota".

Adorei.
Parabéns

Rossana

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