Pintura de Salvador Dali
quando a poesia lambe o pulso
o ponteiro do relógio
se dissolve
Geraldo de Barros
Os dias se tornam noites
As noites se tornam dias
A insônia assume letras
que no papel irradia
Ianê Mello
***
Tem gente que põe sentido no Tempo
bem na hora que já não dá mais tempo
pra fingir que não existe Tempo.
A alegria caminha triste.
Hoje não é dia de falar de sapo
que não sabe
ou não pode aprender a voar.
Hoje é dia de anoitecer bem cedo
pra não lembrar
de tudo que se perdeu
desintegrou no ar.
O vento soprou forte a semente
pra depois das montanhas
E talvez nunca chegue até o Mar.
Hoje aprendi que voar é preciso
Navegar, pode ser,
Mas Viver é ainda muito mais.
Põe sentido em mim
Que Cê também vai Vê.
bem na hora que já não dá mais tempo
pra fingir que não existe Tempo.
A alegria caminha triste.
Hoje não é dia de falar de sapo
que não sabe
ou não pode aprender a voar.
Hoje é dia de anoitecer bem cedo
pra não lembrar
de tudo que se perdeu
desintegrou no ar.
O vento soprou forte a semente
pra depois das montanhas
E talvez nunca chegue até o Mar.
Hoje aprendi que voar é preciso
Navegar, pode ser,
Mas Viver é ainda muito mais.
Põe sentido em mim
Que Cê também vai Vê.
Lou Albergaria
Poema do meu Livro: PESSOAS E ESQUINAS
Diálogo Poético - Colaboradores: Geraldo de Barros, Ianê Mello (poema e pintura) e Lou Albergaria
2 comentários:
"(...)Faz bem uma janela aberta.
Uma veia aberta.
Pra mim é uma coisa que serve de nada o poema
Enquanto vida houver
Ninguém é pai de um poema sem morrer"
(Manoel de Barros)
Essa pintura me lembrou a capa de um livro de história, o mesmo contava as passagens do tempo, e hoje ele faz parte da minha passagem de tempo.
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