O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.
Condimentos em demais estragam o gosto.
O ímpeto das paixões perturba o coração.
A cobiça do impossível destrói a ética.
Por isso, o sábio em sua alma
Determina a medida de cada coisa.
Todas as coisas visíveis lhe são apenas
Setas que apontam para o Invisível.
(Tao-Te King, Lao-Tsé)
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Madrugada em Desamor...
Quando a madrugada chega
meu pensamento se agita
A insônia me consome
Corpo e mente
Minha cama vazia
Minha solidão...
E a madrugada avança
companheira em minha dor
Como viver com tanto desamor?
numa noite
em que soluço veneno
deitei-me nessa cama enferrujada
costas marcadas a fogo
lágrimas nao saíam
mas entravam em meus olhos
negras em desafogo
quem sou eu
senão a insônia do passado?
E nessa agonia que me aflige
Os olhos já cansados do escuro
ardendo em lágrimas
que teimam neles se alojar
O passado a rondar
como um fantasma
a pertubar meu sono inquieto
mesmo que sejam palavras doces
recitadas por mim, criança
para lá do meu tempo
o EU irrequieto
que pinta paredes a pastel
o seu peso em ti
livre de demônios
em mera folha de papel...
Doces palavras em belos versos
não espantam os medos que de mim se acercam
O meu eu criança não encontra conforto
nesse vazio que me habita
sombras de um passado já vivido
Abraça-me, ao invés disto, com seus fortes braços
E acalenta meu sono mal dormido
Ianê Mello / JC Patrão
Diálogo Poético a duas mãos -Colaboradores: IanêMello e J.C.Patrão
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6 comentários:
Medo é uma constante.
Mas aceitá-lo, te torna mais forte.
Belíssima obra
Abraços!
Poema belo. Ah, insônia. Quase falei dela hoje. Talvez fale amanhã. Parabéns
Agradeço a visita ecomentários.
Voltem sempre.
Bjs.
Nossa que madrugada fria
bjs
Insana
Que belo dueto criativo!
Beijo
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