Inspire-se nessa pintura de Van Gogh. Deixe a mente fluir...
Conte-nos os sentimentos por ela provocados: em prosa, em poesia, como quiser... livremente
Pintura de Vincent Van Gogh
NADA
Meu ser era nada. Encheste meu coração!...
Como nada me deixaste assim, sem fala;
Examinei o nada, em vão procurei ala por ala;
Do nada e em tudo, não achei explicação.
Foste tudo. Hoje és nada. Por que cantá-la?
Neste mundo de nada, construí tua mansão
No endereço do nada, outra dimensão;
Nadei nas águas do nada, a voz se cala...
Tentei achar no nada, tua voz, teu tudo...
O nada fez sofrer, dele faço meu estudo;
Que valor tem o nada, se nada é perdê-la?
Busquei no nada a essência da matéria,
O nada gélido e a existência funérea...
Nada!... Nada!... Nada!... O nada é minha estrela!...
Machado de Carlos
Publicado no Recanto das Letras
Código do texto: T2062618
In-quarto
escuro, obscuro
colorido Neste Instante
Escrevi todas minhas memorias
nunca estive PRESENTE NA cama sonolento
nunca estive em coma
NA cama nunca estive
Bebi vinho
Morri Na Lama
Minhas bobagens ouviam Olhos
Meu Ouvido Verdades viam
Meu Corpo esguio
Minha cama rodopia
declamando frases
Ninguém entendia Que
Ali viajei de submarino
cavalos MonteI
embriaguei-me de amor
Hoje Já Não Estou ali ...
Mateus Luciano
O mundo da solidão
Da alegria
Do prazer.
O mundo de tudo
E de nada.
Um castelo
Uma mansão
Uma prisão
De onde posso sair
Mas onde desejo voltar.
Bravo
Talvez o nada. Acima disso a vida.
O modo de existir esquizofrênico.
Entro em meu quarto como entrasse em mim.
E neste ser paradoxal encontro
A lógica que me sustém pregada
À parede da mudez altiva, que
Nada me diz do que fazer. O que sinto
É a solidão me cutucando o espírito
E me fazendo a voz duma existência.
RODRIGO DELLA SANTINA
É só o meu quarto, mas é o mundo que eu conheço...
Não me censura, não me ofende, não me insulta..
Está habituado à minha solidão, aos meus monólogos tristes, aos meus gritos de desespero...
Faz com que me sinta segura...
Profusão de cores e sentimentos
De cores tantas
azuis e laranjas
mas sobretudo
a solidão é sombra
negra em meu peito.
Sou só e estou só
nesta cama neste quarto
só me resta abrir a janela
azuis e laranjas
mas sobretudo
a solidão é sombra
negra em meu peito.
Sou só e estou só
nesta cama neste quarto
só me resta abrir a janela
Dalva
ABRIGO
Neste quarto de vibrantes cores
há segredos escondidos
Há prantos ao anoitecer
na solidão da Lua
Em sua simplicidade abriga
a complexidade do ser
que nele se refugia
a cada anoitecer
Abriga lembranças, saudades,
noites mal dormidas
no vazio sem amor
Guardará em si também sorrisos
de momentos bem vividos,
talvez em noites de amor
Povoado de sonhos
quando o dia adormece
e na cama resguardado
esse corpo desfalece
e se entrega aos doces braços
do sono acalentador
No merecido descanso
da labuta diária
Das dores e dos amores
Da vida que lá fora deixou
quando cerrada a porta
e este ser que aqui encontra
o seu verdadeiro abrigo,
seu refúgio dos perigos
finalmente fecha os olhos
e tranquilo adormece.
Ianê Mello
Talvez o nada. Acima disso a vida.
O modo de existir esquizofrênico.
Entro em meu quarto como entrasse em mim.
E neste ser paradoxal encontro
A lógica que me sustém pregada
À parede da mudez altiva, que
Nada me diz do que fazer. O que sinto
É a solidão me cutucando o espírito
E me fazendo a voz duma existência.
RODRIGO DELLA SANTINA
É só o meu quarto, mas é o mundo que eu conheço...
Não me censura, não me ofende, não me insulta..
Está habituado à minha solidão, aos meus monólogos tristes, aos meus gritos de desespero...
Faz com que me sinta segura...
Marta
Diálogo Poético: Machado de Carlos, Mateus Luciano, Bravo, Dalva,Ianê Mello, Rodrigo Della Santina, Marta
12 comentários:
É só o meu quarto, mas é o mundo que eu conheço...
Não me censura, não me ofende, não me insulta..
Está habituado à minha solidão, aos meus monólogos tristes, aos meus gritos de desespero...
Faz com que me sinta seguro...
Beijos e abraços
Marta
É o meu mundo
O mundo da solidão
Da alegria
Do prazer.
O mundo de tudo
E de nada.
Um castelo
Uma mansão
Uma prisão
De onde posso sair
Mas onde desejo voltar.
Pode postar.
Um abraço
Maravilhosos os seus versos, Machado de Carlos! Você é um mago: faz com palavras o que bem quer...
parabéns, querido!
Um forte abraço!
Boa noite amado.
Eu voltei,saudades daqui e de toda a formosura q embala suas palavras.
Obrigado pelo seu carinho lá na minha concha.
Beijokas mil.
Profusão de cores e sentimentos
De cores tantas
azuis e laranjas
mas sobretudo
a solidão é sombra
negra em meu peito.
Sou só e estou só
nesta cama neste quarto
só me resta abrir a janela.
Beijos poéticos...
Pérola:
Obrigado pelas suas palavras de carinho!
Zélia,
Muito Obrigado pelas suas palavras!
Vc. também escreve incrivelmente!
Pérola,
que bom que você voltou!...
Amigos e colaboradores,
fico feliz com a participação de vocês nessa postagem.
Belos poemas.
Dalva, tomei a liberdade de publicar o seu.
Grande beijo à todos.
Rodrigo,
belíssimo e profundo seu poema.
OBS: Van Gogh era esquizofrênico. mas sinto que vc já sabia disso, por isso mencionou a esquizofrenia, não?
Grande abraço.
Obrigado, Ianê, ficon feliz que tenha gostado dos meus "crimes" poéticos. E, sim: sabia da esquizofrenia do pintor. E, também sim: usei a referência de propósito, a qual, por vezes, parece fazer parte de nossas próprias loucuras, por assim dizer.
Grande abraço,
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