O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.
Condimentos em demais estragam o gosto.
O ímpeto das paixões perturba o coração.
A cobiça do impossível destrói a ética.
Por isso, o sábio em sua alma
Determina a medida de cada coisa.
Todas as coisas visíveis lhe são apenas
Setas que apontam para o Invisível.
(Tao-Te King, Lao-Tsé)
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Imune ao amor!
Uso bolas de naftalina
Para matar as traças
Que me roem a alma
Mas fico imune ao amor.
Cerco-me de fantasmas,
Transparências do nada,
Que me trespassam o coração.
Sentindo apenas!...
Uma leve melancolia
De saudade.
Bravo
Imenso Amor
Bebo do cálice do teu amor...
Em ti encontro o refúgio, amada lua.
Ignóbil eu sou, e, vejo-te toda nua...
E no sábado, vislumbro o teu amor.
Oferto-te um título com amor...
Nos minutos a ilusão flutua,
Teus pés audíveis enfeitam a rua,
Busco nos céus o nectário do amor.
No teu rosto há o eflúvio que perfuma,
Conto pétalas d´ouro, uma a uma...
Tua expressão soa como um hino!...
Tímido...beijo os teus cabelos, meu astro!
Tenho o teu cheiro... teu canto... teu rastro...
Eterno será teu corpo divino!...
Machado de Carlos
Publicado no Recanto das Letras
Código do texto: T1099387
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9 comentários:
tenho por este poema uma afeição, não pelo seu valor literario mas pelo que ele expressa, veja como ele nos fala de fantasmas que são na verdade o passado que era paixão pois acredito que o que vivemos é paixão e o que resta é sempre o amor.
Que alegria, Bravo!
Acabo secomentar se post lá no seu blog e, chegando aqui, encontro-o... Novo comentário: Lindíssimo o seu trabalho!
Abraço.
Ah, se pudéssemos dispor
desta "imunização de amor"!
Daí era menos dor...
-
Mas, também, menos cor...
Ah! Pensando bem, que graça tem
a vida sem amor?
Seríamos só tristeza de todo
jeito que for. Sem amor, nada somos, nada seríamos.
Um grande abraço!
Por vezes, penso que amei demais, esperei demais,
quis demais...
Depois....fiquei sozinha,
quieta num deserto....
Senti o teu olhar, um dia...
Carinho, a mensagem lida...
Amor ardente escrito na noite apaixonada..
Amo-te, sim...
E o deserto, perguntas?
Enterrado nas areias do passado
Beijos e abraços
Marta
Na divinização do amor eis que surge a brisa da eternidade.
Cadinho RoCo
Belos poemas, embora melancólicos...e um tanto fatalistas...
Vivo a Vida, sobretudo pelo esplendor do momento. Pois é só o que temos, o aqui e agora, que assim que colocar o ponto final nessa frase já passou.
BJS!!!
Imune ao amor num poema, mas bebendo do cálice no outro. Parabéns, Um abraço
Tenho vontade de conhecer o amor como você sente...
Sinto-me tão honrada com a visita ao meu cantinho que nem palavras perante esta grandiosidade tenho...
Sintome pequenina...
Obrigada pela honra do comentário.
É por estas e por outras que digo que andamos todos ligados pelas verdadeiras emoções.
Muito obrigada!
Beijo, da profundidade da minha alma.
Dark Angel
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