POEMA EM HOMENAGEM A UM AMIGO(A) DO GRUPO
Minha proposta para esse nosso Sábado Poético teve inspiração no pedido da amiga Gisele Serejjo para que eu escrevesse um poema para ela. Foi tão gostoso fazê-lo e presenteá-la que achei que seria uma boa idéia par nós.
Cada um escolhe um amigo(a) do Livre Criar e dedica à ele(a) um poema.
Não esqueçam de citar a pessoa homenageada.
Conto com vocês. Até amanhã.
Para: Ianê Mello
De: Giselle Serejo
Deusa linda encantada
cruza em voos os vales
mas por favor nunca te cales
e jogue a luz que te cabe
nas cabeças e nos altares
brinda com teus poemas
nós, daqui, simples mortais
e quando tiverdes para desistir
insista sempre no porvir
o teu pó de pirlimpimpim
é ouro, tesouro imortal
que só poucos prendados
tem o direito de aspergir!
Para: Ianê Mello
De: Sidney Santos
Arquiteto desenharia
Em paralelo meus traços
Mas em minha poesia
Uma linha de abraços
Abraços de sábado contente
Unindo os traços em paralelo
Deixando um pequeno presente
Pra você Ianê Mello
Sidney Santos
Para: Marcio Nicolau
De: Lou Albergaria
LORD
Pontos de vista
se avistam
na ode altruísta
labirinto em pele cega
expele contraste de rima
a fera na caverna
aguarda o fogo
das eras de ervas
Marias e Evas não comungam o mesmo altar...
Para :Nydia Bonetti
De: Sandrio
De: Sandrio
Travessia
"há dores que quando chegam
nos fazem mais - ou menos - humanos
quem somos nós hoje?"
Nydia Bonetti
Dos meus lábios emudecidos pelo tempo
nada mais se diz. Apenas esta noite escura
insiste nesta caligrafia das moradas
como se assim eu descobrisse meu eu.
O tempo de súbito revela a minha fragilidade.
esboço um uma fuga- O bisturi- mas a face
que não mente parece intocável
assim permanece as minhas paginas amareladas,
Dentro de uma capa nova. Espelho do nada,
caminho sem rumo no meio da noite
importa-me recolher os versos perdidos
no castelo de minhas moradas interiores.
Foi preciso um pouco de solidão. foi preciso
que as folhas quedassem no chão árido
foi preciso que o frio adentrasse onde antes
transbordava calor- mas ainda não era o sol.
O silêncio de Deus chegou ao meu suspiro
como a morte chega para os homens
não assustei-me, sabia dos desertos
só não sabia que era doida esta travessia.
Mas o edificio- arquitetura das horas pobres-
cobrisse a minha visibilidade do céu
caminhei entre os espinhos e as sombras
e ainda não encontrei todas as rosas.
Quando o humano que em mim habitava
perdeu-se entre as vitrines- banalidade-
descobrir que do mundo- terra seca-
leva-se apenas o pouco de nós que é nada.
ME DISSERAM QUE HAVIAM ANJOS
Para : Anjos
( ... gratidão em nome de um amigo .)
ME DISSERAM QUE HAVIAM ANJOS
Sempre me disseram
Que haviam anjos por aqui
Sempre a amparar as pessoas
E, que se precisasse, era só chamá-los
Que viriam ...
Poi bem, chamei
E vieram ...
Não só um , mas muitos
Dispostos a ajudar , a dar a mão
A emprestar suas asas e coração
E vieram a Elsa , a Enice, a Ianê
Também a Ligia, e a Luciana
Viriam outros, que , se chamados,
Sei que viriam todos, em revoada
De coração, salvar outro coração
E, agora, no cimo da montanha,
Pairando sobre a multidão de anjos
Volta a voar alto o Gavião ,
Ainda com asas e corações emprestados
Mas voa !
( : em meu nome e em nome desse amigo , meu obrigado .)
- Ricardo Daiha -
Para: os amigos do Livre Criar
De: Lu Rocha
Asas multicores...
Que coração não fala?
Que alma não expande?
Que alegria não vigora?
Por Deus do céu e dos céus...
Pelos deuses da terra, de todas elas...
Por amor ao brando e terno olhar amigo...
Que tudo vivifique!
Que eclode no porvir a Bonanza
Que as cerejeiras floresçam em todas as primaveras
Todos os gorjeares amplifiquem.
Que o Todo acolha as sementes
Assim, que alegremente sorrisos sorriam...
Para enfim, entrelaçarem almas, cânticos, poemas.
Verdade! Verdades! Verdades!
Estratosfericamente, voluntariosa, sublime.
Magnificente, no certame da vida.
Amigos para sempre!
São anjos coloridos em arco-íris áurico.
Homenagem a todos os amigos poetas.
Em especial: Dr. Ricardo, Ianê e Enice...
Poetas aos quais são amigos espirituais de
alma translúcida e coração único.
- Lu Rocha. -
Para: São Reis
De: Pepe da Néte
Passeava os olhos pelos versos,
encabeçados por fotografias,
arrumados em colunas,
na busca de sentimentos que me despertassem,
encontrei-os,
falavam da saudosa infância perdida,
dos seus cheiros, dos seus sabores,
das brincadeiras, das diabruras,
falavam da vontade de ser novamente
criança………………………………………………
Anda, dá-me a mão,
vamos brincar à apanhada,
às escondidas e à macaca,
ao peão e ao berlinde,
à cabra cega e ao “stop”,
olha! vamos rir das gargalhadas um do outro,
subir às árvores,
lambuzar-nos com a polpa dos frutos,
vais fazer de médica e eu de enfermo,
depois eu faço de rei e tu de rainha,
vamos contar as estrelas e olhar a lua,
vamos ficar com os olhos bem abertos,
com medo de adormecermos,
unidos pelo pensamento e pela angústia,
de não nos querermos perder como amigos,
(como é bom ser criança)
de manhã acordo,
lavo-me, visto-me, alimento-me,
tun, tun…. tun, tun….
apressado corro para a porta,
no momento em que ela se abre
raios de sol derramam-se pela casa,
não, não é o sol, és tu, o teu brilho amigo,
perguntas: queres vir brincar comigo.
Sim.
Pepe da Nete
Para: Joaquim Vale Cruz
De: Beto Palaio
SONHEI-ME EM PORTUGAL
Parti. Morri de saudades
Renasci em outras tantas
Migalhas de mim além-mar
Os frutos do mesmo pão
Da vida que canta acolá
Além das dores encravadas
No inverno em branco caiado
Caem assim os mesmos áis
Das paredes do reformatório
Uma estrela embalsamada
Em frio azul mediterrâneo
Na sórdida muralha nua
Onde um badejo em azulejo
Nada nada nada nada nada
E não chega a lugar nenhum
Luar, degraus, itens de mármore
Ao redor do meu pobre sítio
Bordejam vidas a granel
Os pardais cantam por aqui
Trata-se de um avarandado
Com paredes carcomidas
Por dentro pão bolorento
Por fora um belo bandolim
Camafeu de magra conquista
Com vistas de extraordinária
Amplitude, onde se vislumbra
Toda a Cova da Beira, desde
Belmonte ao Fundão e, para oriente,
A Serra da Malcata e cordilheiras
Feições de deuses caprichosos
Num espaço de terra vencida
O passo lento, neste tributário
Delimitado em hora derradeira
Ao peregrinar de não existir mais
Como ondas do mar que incentivam
Vagas iguais ao pêndulo desocupado
Beto Palaio
Para: Ricardo Daiha
De: Enice de Faria
Olhei a janela da noite escura
carregava angústia no meu peito
me lembro palavras confortantes
ditas horas antes aqui no Facebook
Anjo amigo que com asas longas e
carinhosas , me confortava em
momento tão difícil...
embalava em palavras...
acariciava em gestos...
me tocava com atitudes...
Amigo... cinco letras
que se agigantam
e tomam a dimensão
do tamanho de suas asas protetoras
palavras de sabedoria
riqueza de sentimentos...
e sua lembrança
me abriu a janela da alma
e o sol que a tudo cura
iluminou minha noite
me aquecendo com seu primeiro raio
dissipando trevas e me dando
a esperança de um novo dia!
Enice Faria
Para: Joaquim Valle Cruz
De: Ianê Mello
AMIGO LEAL
Tenho um amigo modesto
e dotado de grande dom
mas tamanha é sua humildade
que esconde os próprios versos
Versos com sentimento
belos sonetos ao amor
escreve com muito ardor
e grande contentamento
Esse amigo especial
de há muito me acompanha
sempre fiel e companheiro
atento às minhas façanhas
A sabedoria da maturidade
é sentida em seu versejar
nos trazendo serenidade
e encanto a cada olhar
Obrigada companheiro
poeta do coração
minha alma está repleta
de imensa gratidão
Ianê Mello
Para : Leonardo B. Leonardo
De: Isa Baccara
Ao leu
Um leopardo de penas
Certo Leo de
tintas ao leu
Um estranho no
Ninho da poeta
O estranhamento
Louvando o espanto
Apesar do susto
no debruço
Valeu a pena,
Valeu o poema
Isa Baccara
De - Giane Brandão
Poeta
Menino, poeta inspira
Letra palavra tece
Sentimento ser ilumina
Coração sereno aquece.
O poeta entre versos
Suspira entre universos
O doce perfume
Da musa, sem nome.
Entre estrofes escritas
Vai obtendo rimas
Amorosas, bonitas.
Nas fotografias
Encerra seus poemas
Alegria, ternura, seus temas.
Giane Brandão
6 comentários:
Ás vezes, fazes com que me ria...
Com vontade, essa vontade que se solta de dentro de nós, sem sabermos bem como e porquê...
Porque estamos tristes e achamos que o Mundo está contra nós.
Ou somos nós que estamos contra o Mundo???
Ás vezes, só Deus sabe como estás a sofrer, mas dás tudo para ver o meu sorriso....
Acabamos por chorar os dois....
Tristeza ou alívio....nada importa...
O que importa mesmo é o abraço cúmplice que nos faz esquecer essa dor inexplicável....
De Marta Vinhais (Minha Página)
Para Todos os meus amigos, por nunca me deixarem só
Queridos Amigos Ianê Mello e Beto Palaio, não tenho palavras para vos agradecer tanta gentileza, tanta amabilidade, tanto carinho. Com os vossos poemas lindos, conseguiram arrazar-me os olhos de água, não de tristeza, mas de tanta alegria por ter amigos como vós.
Não nos conhecemos pessoalmente, mas mesmo assim a nossa amizade, é já grande.
Creiam também na minha amizade sincera, que vos envolve num grande abraço. Bem hajam, por tudo. Joaquim Vale Cruz
Lindo , Ianê !
Lindos os Poemas , linda a idéia , linda a realização !
Parabéns a Você, ao Livre Criar é só Criar , ao Sábado Poético e aos Diálogos Poéticos !!
- Beijos , Ricardo Daiha -
SIM, MARTA, É IMPORTANTE SABERMOS QUE HÁ PESSOAS QUE SENTEM E SE IMPORTAM COMO NÓS.
FIQUE EM PAZ.
NAMASTÊ.
JOAQUIM, NÃO HÁ DISTÂNCIA QUE SEPARE NOSSO AFETO DE AMIZADE. SOMOS FELIZES EM TÊ-LO COMO AMIGO TAMBÉM, APESAR DA DISTÂNCIA QUE NOS SEPARA.
UM ABRAÇO IMENSO QUE SEPARA DISTÂNCIAS É O QUE LHE MANDAMOS DE CORAÇÃO.
AMIGO RICK, TAMBÉM ME SINTO SUPER FELIZ COM A REALIZAÇÃO DE MAIS ESSE SÁBADO POÉTICO, QUE COM CERTEZA É MAIS UM DE MUITOS QUE AINDA VIRÃO.
UNIDOS PELA POESIA...
AMEI SEU POEMA, QUE DENOTA TODA A SENSIBILIDADE QUE LHE VAI PELA ALMA. GRANDE BJ E CONTINUEMOS SEMPRE.
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