O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sexta-feira, 29 de julho de 2011

A DANÇA

Meus amigos dos Diálogos Poéticos, convido-os a participarem da proposta de escrevermos juntos um poema, como já fizemos há muito tempo atrás ( e eu achava tão bom!). Cada um posta seu verso e coloca seu nome na ordem abaixo da postagem onde diz Colaboradores na ordem de postagem. Procuremos, por ser um poema em conjunto, dar continuidade, de alguma forma ao verso postado anteriormente, de forma que cada verso complemente e faça sentido com o outro, até concluírmos o poema.

Como fonte de inspiração proponho o título "A Dança" e a pintura  de Henri Matisse.




As dez mãos fortemente seguras
no momento em que uma delas se desprende
o desequilíbrio se instala num átimo de segundo
sendo restabelecido através da confiança
das mãos que novamente se entrelaçam. 
..........


Mãos que se unem e um círculo formam
Dentro do círculo a energia de cada
Que se multiplica numa roda dinâmica
A nudez dos corpos é a pureza por onde
flui com mais velocidade a energia,
e é tão forte  esta fonte de troca
que o entrelaçar de mãos fortifica
o que um tem, ao outro se aplica.
..........


Se uma segura as dez
dez não seguram uma
se ela quiser se desprender...
...e voar....
..........


Nesse baile uníssono
todos dançam opiantes
certos que os matisses inebriantes
propiciam novo bailares
..........


Vamos por isso manter bem seguras
As vontades que temos de viver
Demos as mãos com vontades futuras
Entrelaçando-as com a força do nosso querer


Poesia Interativa: Colaboradores na ordem de postagem: Ianê Mello, Mirze Souza, Maria de Fátima Monteiro, Giselle Serejo, Joaquim Vale Cruz



Crédito de imagem : Pintura de Henri Matisse

2 comentários:

Vale Cruz disse...

Vamos por isso manter bem seguras
As vontades que temos de viver
Demos as mãos com vontades futuras
Entrelaçando-as com a força do nosso querer

Ianê Mello disse...

Belo, amigo! Já postei lá. Fico feliz por participar.
Beijinhos.

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