O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




sábado, 23 de julho de 2011

SÁBADO POÉTICO 6(23.07.20011) - Facebook "LIVRE CRIAR É SÓ CRIAR"



" Meu coração há de ser uma torre,
eu próprio colocado fora dela: onde não
há nada mais, nem menos dores,
nem o indivisível, nem mesmo o mundo."

Rainer Maria Rilke


Giorgio de Chirico

UM POEMINHA É MAIOR QUE UMA TORRE

Solto por aí
Coração suburbano
Entrega imediata

Sim
Pelo teu sim
Som de sinos

Mamãe eu quero
Também não quero
Perder é doer

Pau a pique
Barra de terra
Parede caiada

Ali um besouro
Quente do sol
Abre suas asas

E o dia grita
Ou será aqui dentro
Esta alegria de viver?

Beto Palaio


O SENTIR DO CORAÇÃO

Um coração guardado
protegido das dores do mundo
um coração armado
de couraças encouraçado

Pulsa, portanto existe
em seu ritmo natural
um músculo tão-somente
de imensa complexidade

Mas como privar
esse coração de sentimentos
Vê-se que ele acelera
e desacelera num momento

Em seu funcionamento
interfere nosso sentir
Não há como negar
sem ele não se vive.

Ianê Mello



O CASTELO DA PRINCESA

A princesa em seu castelo
No alto da tôrre guardada
Fez da Vida uma jornada
E tenta ser protegida

Refugiada nas muralhas
Do fôsso que a circunda
Há  sómente um portão
Que leva ao seu coração

E no cimo da guarita
Repicam os sinos do Amor
Anunciam à multidão
Aqui está minha princesa
Fêz de mim seu guardião

Por enquanto espera o dia
Em que os temores desvendados
Vencidos serão banidos
E seu coração libertado

- Ricardo Daiha -





Lá do alto da torre
consigo ver toda paisagem
em seus contornos e cores
em suas dimensões sublimes.
Do alto da torre os meus olhos
percorrem enigmas febris
da paixão pelo sol e por todo o horizonte
vejo aves, mares, pequenas alegrias
andando prá lá e pra cá
como formigas que vão trabalhar
e com seu suor constroem esse lugar.
Meu coração abriga toda essa imensidão
e eu aqui dentro amo só... 

- Luiza Maciel Nogueira - 



Torre de papel
Te construo sobre papel pardo
Recorto o calabouço
Colo somente o fosso
Entrada triunfal
Natureza corporal


 Giselle Serejo 




Crédito de imagem- Pintura de Giorgio di Chirico 

Um comentário:

Luiza Maciel Nogueira disse...

gostei demais do desafio e de todos que participaram dele. Em cima da torre e dentro dela pulsa um coração!

Beijos

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