O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.
Condimentos em demais estragam o gosto.
O ímpeto das paixões perturba o coração.
A cobiça do impossível destrói a ética.
Por isso, o sábio em sua alma
Determina a medida de cada coisa.
Todas as coisas visíveis lhe são apenas
Setas que apontam para o Invisível.
(Tao-Te King, Lao-Tsé)
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
O cavaleiro
Andei outrora por um chão de terra:
No punho, a lança: na armadura, o emblema
Da glória antecedente, cuja pena
Marcou, sem ter inveja, a história eterna.
Lutei contra dragões numa caverna:
Lutei contra gigantes, com centenas
De nobres cavaleiros e a centelha
Do resplendor da morte erguida era.
Porém, no derradeiro embate, a lança
Quebrou-se e se teceu da sorte o fio.
Não tenho dessa queda uma lembrança:
Não sei como se deu: sei que existiu:
Que a glória me seguia em minha andança:
E agora, como vês, daqui partiu.
RODRIGO DELLA SANTINA
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5 comentários:
Lindo soneto, Rodrigo!
Bjs.
Obrigado, Ianê! Que bom que gostou.
Grande abraço,
Olá! Lindíssimo soneto, adorei!
Olá, Camila! Muito obrigado! Contente pela apreciação.
Grande abraço,
Que Deus enfeite teu dia,
e beije o teu coração.
Para que tudo se acalme,
e tenha um dia de amor,
de esperança no futuro,
e muito calor humano .
Beijos & Flores.......M@ria
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