Pintura de Leonora Carrington
Um novelo devoto
Ariadne em ocasos
Fio a destoar labirintos
Faz breve servir rumos
Ponta luz, ponta sombra
Estio de bravas águas
Nutrido por rijos semblantes
Obscenos gestos de despedida
O calvário de dores
Apenas mal começava
No meio do caminho ia
Andar de poesia em poesia
Iniciar em nova. Passagem
Rumos da iniciação. Onde
Anjos guiam passos incertos
Em completa arritmia
Descompassado e descadenciado
Ébrio coração pulsante
Agonizava em dor
E tremia em suores noturnos
Passos. Notívagos. Mariposas
Na luz. Destoa a rima
Cismas e credulidades
Afim. Mesmos lumes. Ar
Rarefeito. Poesia reencontrada
Traçado a ferro e fogo
Esse amor sem asas
Posse imperiosa do desejo
Escravo de insanas ilusões
Onde o humano se perde...
... à margem
Beto Palaio e Ianê Mello
2 comentários:
Realmente um belo poema! Meus parabéns aos autores! Gostei deveras.
Abraço,
OI, Ianê
Passo,com calma,pra desejar-lhe um Novo Ano cheio de paz e prosperidade em todos os sentidos...
Cheguei hoje de viagem...
As minhas férias foram deliciosas...
Bjs com gostinho de início de ano
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