Pintura de Pieter Bruegel
Pontualmente as madeixas
Da nossa era mecanizada
Caravanas de guerreiros
Ricamente adornados
Aos rituais ilustrativos
Para nossos fins egoístas
Figuras prepotentes
Em suas vestes requintadas
No olhar o distanciamento
Daquele que é superior
Na alma o vazio
De quem não sabe sentir
Tomar nas mãos pepitas
Do ouro oculto no chão
E sonhar revelar riquezas
Que nunca se repetirão
Das aventuras desconexas
Bravatas de ponto de ônibus
Migalhas de afeto
Meramente encenado
Distribuídos a esmo
Para justificar-se humano
Sem amor, nem compaixão
Em súbita amabilidade teatral
Arremedos de ser feliz
Cantos abafados na noite
Formatos vagos na insônia
Com a solidão ininterrupta
Tudo o que ela promove
Volta sempre a incomodar
Por medo e por cautela
A prevenir sofrimentos
Em si mesmo se fecha
Tornando-se esse ser
Aparentemente sem alma
Que só enxerga a si mesmo
Beto Palaio e Ianê Mello
3 comentários:
Las eras mecanizadas, nos hacen a todos guerreros de un mundo dondel alma se hace oir entre cables y enchufes.
Cordial saludo.
Adoyma.
Ianê; Lindo o vosso poema adorei parabéns aos dois.
Beijos e abraços
Santa Cruz
Oi poetisa parabéns!!
Bj
Postar um comentário