O excesso de luz cega a vista.
O excesso de som ensurdece o ouvido.
Condimentos em demais estragam o gosto.
O ímpeto das paixões perturba o coração.
A cobiça do impossível destrói a ética.
Por isso, o sábio em sua alma
Determina a medida de cada coisa.
Todas as coisas visíveis lhe são apenas
Setas que apontam para o Invisível.
(Tao-Te King, Lao-Tsé)
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
ALMA LIBERTA
Silêncio...
cadência
de ocasos
solidez
perene
fria lâmina
cortante
propósito
ao desfiar
dores
...
encarcerar medos
Viver é frágil
Frágil é
o corpo
morada
da alma
constância e
desalento
peito que arde
em flor
sopro no
vento
qual seca
folha
que se vai
ao cair
do outono
A vida na
pureza
desse instante
único
bela
por ser
perene
branca
luz
e
a alma
quando
finda
a vida
do corpo
se desprende
.......
e sobe...
sobe...
sobe...
....
e por fim
se liberta
Ianê Mello
Distante
Dispersa
Em silêncios nus
Que assim nos conduz
A ocasos silentes
Em mentes dormentes
Que em seus segredos
Encarceram medos
Ocasionando dores
De vários sabores
E tão frágil é
Que a conduz até
P’ra fora do corpo
Deixando-o absorto
Em seu desalento
Com tanto tormento
Que em seu peito arde
E sem qualquer alarde
Daquilo que sente
Se torna dormente
E como folha cai
E no vento se vai
Sem tino e sem dono
Em tarde de Outono
E ao chegar ao fim
Do corpo que a encerra
E que busca na terra
Descanso final
Acaba seu mal
E subindo…subindo
Acaba desperta
E por fim… se liberta….
Joaquim Alves Cruz
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5 comentários:
Como é gostoso lê-la!
Sucesso
Isaías
Ianê: Que poesia linda, quando morremos a nossa alma sobe sobe como sabemos que é assim? Segundo a teologia assim fala a ciencia não tem resposta para estas coisas.
Beijos
Santa Cruz
Rodolfo e Santa Cruz, agradeço pela presença e comentários.
RETROSPECÇÃO:
Ah! quem me dera que eu pudesse um dia, na inspiração do sofrimento e a dor,
Poder escrever uma poesia que fosse triste como dentro eu sou.
Que de mim falasse sem ter fantasia, que expressasse ao mundo a minha grande dor.
De um coração ferido e a nostalgia e duma maldade que não se explicou.
Ah! que eu sentisse as mesmas alegrias que a mocidade me proporcionou
E as ilusões daqueles belos dias que o tempo ingrato já desmoronou.
Ah! Quem me dera que voltasse um dia a mocidade que pra trás ficou,
E o coração repleto de alegria Pulsasse forte como já pulsou!
AUTOR: L. BEZERRA
http://diarioonlinedecaiorado.blogspot.com/
Ianê,
Por favor retifique o meu nome:
É Joaquim Vale Cruz e não Joaquim ALVES Cruz.
Muito obrigado
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