Pintura de Gustave Cailebotte
No chão
uma mancha
descorou o sinteco
numa nódoa
presente, constante,
a relembrar algo
O líquido
derramado
já não se faz lembrar,
da memória
já desvanecido
Mas a mancha persiste,
insiste em ser
uma marca
que não há mais jeito
de se extinguir
No tempo que transcorre
em leves ou pesados passos
ali ela sempre está
e a tudo vê passar
Ianê Mello
Quantas manchas, quantas nódoas
Deixamos em nossas vidas
E essas nódoas, que são feridas
...Quer na memória elas fiquem
Quer se desvaneçam no tempo
Dão sempre lugar ao lamento
E persistem como chagas
Que não se extinguem
São pragas
Que alguém por maldade rogou
E isso nos afectou
De tal forma, de tal jeito
Que em nós ficaram como um defeito
Que a nossa vida marcou !!!
Joaquim Vale Cuz
13 comentários:
Perfeito !
Obrigada, querida. Bjs. ;)))
Minha linda , fizemos uma postagem de final de ano, que cabe no seu coração que esteve conosco...
bjs grandes muito amor e paz!
Lulu & Sol
obrigada por esse blog lindo !!!
Lindo! Feliz Natal e um excelente 2011!
Lindos poemas!
Parabéns aos Lindos amigos poetas!
FELIZ NATAL aos companheiros do DIÁLOGOS POÉTICOS e seus seguidores/leitores!
Muita paz, alegria, amor e poesia a todos!!!
BEIJOS!!!
Lou Albergaria
Obrigada à todos que nesse ano nos prestigiaram com sua calorosa presença.
Um grande beijo.
Olá Ianê!
Linda as poesias, gostei muito! Essa dor é mesmo um fardo muito pesado para ser carregado e nos impede de fazer muitas coisas. É mais conveniente jogar fora, mas sempre fica aquela manchinha inesquecível. Parabéns pelo blog, sucesso!
Abraço,
Thiago
Olá Thiago,
obrigada pela visita.
Volte sempre.
Um feliz ano novo.
Abraço.
Deliciosamente bem composto o texto do poeta Joaquim Vale, dialoga muito bem com o poema de Ianê Melo.
Eu sei que vou cai no clichê com esse comentário, mas é o que senti lendo os seus textos horas e horas aqui! muito belo, eu fiquei sem palavras de me expressar..
check-matte.blogspot.com passa lá se divirta!
Obrigada pela presença, Marcelino e Wolly.
Grande abraço.
Lindo!
Obrigada. ;))
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