O Equilíbrio da Vida (TAO)


O excesso de luz cega a vista.


O excesso de som ensurdece o ouvido.

Condimentos em demais estragam o gosto.

O ímpeto das paixões perturba o coração.

A cobiça do impossível destrói a ética.

Por isso, o sábio em sua alma

Determina a medida de cada coisa.

Todas as coisas visíveis lhe são apenas

Setas que apontam para o Invisível.



(Tao-Te King, Lao-Tsé)




terça-feira, 15 de junho de 2010

Sou uma sombra que passa.


Sou uma sombra
Que passa
E que na penumbra se prolonga
Para lá do meu gélido túmulo.
Nesta noite vestida de trevas
Onde a lua, soberba, se veste de branco puro.

Sou destino marcado.
Sou senda infinita.
Parido das brumas do tempo.
Sou morte do nada que sou.

Sou estrangulamento
Da luz que brilha altiva.
Deito-me na terra barrenta
Na terra que me abraçou.
Deixo-me ir com o vento
O vento que por ali passou.
Disperso pelo universo
Esse universo que sou.

Dessa alma que persiste
Em não perceber que existe.


Bravo

5 comentários:

Marta Vinhais disse...

Ou apenas disfarço a minha ansiedade...
Pinto o rosto,
sou a minha própria máscara...
Sou o nada....sou o oculto...
Sou uma mensagem que ninguém entende....
Ás vezes, nem eu....

Beijos e abraços
Marta

Helcio Maia disse...

Gostei do texto e, permita-me, do lindo comentário da Marta.
Abraço!!

Lou Albergaria disse...

“Poesia não é para compreender mas para incorporar; Entender é parede: procure ser árvore.”

Manoel de Barros

Será que alguém EXISTE?!!! Ou somos meras percepções aos olhos e (in)compreensão do OUTRO?...

NÃO SEI...

BEIJOS!!!

Ianê Mello disse...

Grata à todos pela presença.
Parabéns pelo poema Bravo.
Grande beijo à todos.

Aninha disse...

Parabéns pelo blog.
Está lindo!
De muito bom gosto!
Belíssimos poemas...


:)


Aninha

Related Posts with Thumbnails